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VOZ DA COMUNIDADE: Altas Habilidades ou Superdotação - você sabe o que é isso?


Imagem: Guilbert Trendt/ Start Comunicação.

O Programa Voz da Comunidade desta segunda-feira (18) recebeu Michele Cousseau, especialista em Altas Habilidades ou Superdotação, para tratar deste importante tema que ainda é desconhecido para a maioria das pessoas.


Já de inicio a entrevistada explicou que Altas Habilidades ou Superdotação é o funcionamento diferenciado do cérebro, ou seja, que a pessoa não tem uma doença, não tem um transtorno e, portanto, não se fala em diagnóstico e sim em identificação. Michele citou o especialista Joseph Renzulli , que estuda o assunto há mais de 40 anos e usa o termo comportamento superdotado, ou seja, para ele, trata-se de um funcionamento cerebral divergente que pode manifestar-se em comportamento visíveis quando seus potenciais são adequadamente estimulados.


Na prática significa que essa pessoa sente, pensa e age diferente do que consideramos como “padrão” na nossa sociedade. E esse diferencial faz com que essa pessoa possa ter um desempenho melhor em alguma área do conhecimento e/ou do talento humano. O superdotado tem facilidade de aprender naquela área que gosta e pela qual se interessa, não necessariamente será bom ou terá ótimo desempenho em todas as áreas, mas sim naquilo que ele tem como inteligência ou potencial em destaque.


Howard Gardner, na Teoria das Inteligências Múltiplas, fala que todos nós nascemos com potencial de desenvolver as oito inteligências já estudadas e confirmadas, localizadas em regiões cerebrais diferentes, mas se essas áreas não forem estimuladas a Superdotação pode passar a vida toda “invisível”.


“O meio é essencial para a manifestação da Superdotação”, destaca a especialista que ainda complementa: “Se o meio [família e escola] não for propício e a escola não enxergar a criança superdotada, ela [escola] comete um crime contra a vida daquela criança, pois é muito comum que se torne um adulto ansioso e isso pode levar à depressão, a diversos problemas emocionais, podendo até chegar a cometer suicídio”, explicou a especialista.

“O número de superdotados, adolescentes e adultos, que se suicidam é, infelizmente, muito alto, por conta da sua sensibilidade diferenciada [eles sentem mais, mais profundamente e sentem diferente do que a maioria das pessoas] e quando a escola não oferece os recursos, previstos em lei, a criança cresce sem saber quem ela é, pois gosta de coisas que os outros não gostam e tem interesses em coisas incomuns para a idade e isso normalmente gera muita frustração, estranhamento e falta de identidade, afinal, não se parecem com nenhum colega da mesma idade” disse Michele.


“Uma criança neurodivergente (superdotada, com Transtorno do Espectro Autista, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) exige de nós um coração sensível. Se o profissional tem um coração sensível ele pode não entender nada sobre Superdotação, nunca ter estudado o tema, mas esse professor vai poder aprender a trabalhar com essa criança e atender às suas necessidades", afirmou relatando que a maioria dos professores não está preparada para lidar com os superdotados e se faz necessário planejar aulas para cada necessidade especial e isso dá trabalho e exige dedicação.


Finalizando, a entrevistada disse que crianças superdotadas amam resolver problemas e devem ser incentivadas para desenvolverem suas habilidades e ocuparem os espaços que a sociedade tem para cada uma delas, pois têm em si o potencial para pensar soluções para os problemas da nossa sociedade: sociais, econômicos, entre outros.


Veja a entrevista completa:

Marco de Brito, do Voz da Comunidade

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