Nesta segunda-feira (25), a Universidade La Salle, em Canoas, promoveu mais uma edição do Mutirão Unilasalle Inclui. Completando o sétimo ano, a intenção do projeto é auxiliar os imigrantes residentes nas cidades da Região Metropolitana em processos burocráticos, pendências sociais, oferecendo também acolhimento psicossocial e jurídico, ações da área da saúde, elaboração e impressão de currículos e feira de oportunidades com encaminhamento para o mercado de trabalho.
“É uma forma de a universidade abrir as portas para comunidade, auxiliando no encaminhamento de documentações, legalizações e tudo o que for necessário para o cidadão imigrante para que se sinta mais acolhido e possa usufruir de todos os seus direitos e deveres como cidadão”, afirma o professor José Miranda, assessor de Assuntos Internacionais da universidade e coordenador do projeto.
Seguramente, segundo ele, nestes sete anos de atendimento, mais de 800 imigrantes já foram atendidos pelo Unilasalle Inclui. “A cada edição, cerca de 150 atendimentos são realizados. Trata-se de um projeto extensionista que envolve diferente cursos de graduação e pós-graduação, garantindo a troca e o compartilhamento de informações e experiências com estudantes dos cursos de relações internacionais, direito, serviço social, psicologia, enfermagem", destaca.
Miranda explica que a universidade foi procurada diante de uma demanda crescente de necessidades pontuais dos imigrantes. “E, com isso, obviamente a universidade não podia se furtar de oferecer algum tipo de trabalho. Identificamos as principais demandas e partir disso começamos organizar aquilo que seria necessário e que poderia ser oferecido para cada um deles", garante o coordenador.
Regularização de visto, identidade, CPF, documentos mínimos necessários para que possam iniciar a procura principalmente por trabalho. “Alguns já chegam com uma certa qualificação, às vezes, inclusive, com diploma de ensino superior. Temos muitas empresas parceiras que oferecem vagas de emprego", conta Miranda. De acordo com o professor, cada nacionalidade tem uma demanda específica.
“Majoritariamente são imigrantes venezuelanos e haitianos, mas temos percebido um aumento de bolivianos, equatorianos, cubanos, famílias do oriente médio, libaneses e palestinos. Muitos vem acompanhados de crianças e por isso o mutirão também oferece atividades lúdicas, com acompanhamento dos alunos da psicopedagogia", conta. A ação é realizada em conjunto com a Defensoria Pública da União (DPU), Fundação Pan-Americana para o Desenvolvimento, Cruz Vermelha, World Vision, Madre Assunta e Caminhos do Bem.
Fonte: Correio do Povo
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