Com dois meses de salários atrasados, cerca de 100 funcionários que ainda restaram no quadro de trabalhadores da empresa Vicasa – que presta serviço de transporte metropolitano em Canoas – pararam as atividades nesta quinta-feira.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários Intermunicipais, de Turismo e de Fretamento da Região Metropolitana (Sindimetropolitano), que representa a categoria e que acompanhou todas as mediações dos trabalhadores junto à Justiça do Trabalho, disse que não é apenas uma greve, mas sim o encerramento das atividades. Além dos pagamentos em atraso, funcionários também estão com pendências em seus benefícios, como cesta básica e vale alimentação.
“Na mediação que aconteceu na última quarta-feira, a empresa alegou que não tem mais condições de pagar os funcionários. Ela está inviabilizada de efetuar os pagamentos. O trabalhador disse que não vão mais trabalhar sem receber. É o caos total. Pais de família estão totalmente desamparados. É muito triste tudo isso”, disse o secretário do Sindicato, Alessandro Machado Araújo, descontente com a situação. Segundo ele, até julho de 2020 a empresa mantinha em torno de 400 empregados. A crise no setor de transporte só aumentou devido a pandemia, que arrasou economicamente o sistema. A partir de julho de 2020, houveram mais de 200 demissões, segundo Araújo.
A Metroplan informou que parte da tabela horária, de responsabilidade da empresa no lado oeste de Canoas, será atendida pela Transcal - empresa de Cachoeirinha, que desde maio atende o lado leste da cidade com o Rápido, um serviço, até então, bem avaliado pelos passageiros. Esta mesma empresa deve assumir a operação de todas as linhas metropolitanas na cidade a partir de segunda-feira, em substituição à Vicasa. A reunião da Vicasa e Sindicato dos Trabalhadores, realizada nesta quarta-feira, na Justiça do Trabalho, terminou sem acordo.
Fonte: Correio do Povo
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