A taxa de transmissão do coronavírus no Brasil está em 0,68, segundo o Imperial College de Londres. O dado foi atualizado na segunda-feira (25).
Na prática, isso quer dizer que cada 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 68. Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (de até 0,96) ou menor (de 0,31). Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 96 ou 31, respectivamente.
Na última atualização, duas semanas atrás, a taxa estava ligeiramente mais baixa, em 0,60, a menor desde o início da medição, em abril de 2020.
Simbolizado por Rt, o "ritmo de contágio" é um número que traduz o potencial de propagação de uma doença: quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança. Quando é menor, ela recua.
Avanço da vacinação e manutenção de medidas
Especialistas já apontaram que o avanço da vacinação contribui para a diminuição do número de novos casos. Hoje, 71,88% da população brasileira já recebeu a primeira dose da vacina, e cerca de 42,06% já completou o esquema vacinal (duas doses ou a dose única).
Mesmo assim, ainda não é possível deixar de lado as outras medidas de combate ao coronavírus –como o uso de máscaras, o distanciamento físico – principalmente evitando aglomerações –, optar por espaços abertos e bem ventilados e a higiene das mãos.
Em entrevista à BBC News Brasil, o médico Ciro Ugarte, diretor de Emergências Sanitárias da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da OMS para as Américas, alertou que a queda nos casos e nas mortes por Covid-19 não pode servir de pretexto para relaxar com as medidas.
"Quando os casos diminuem, é sinal que estamos fazendo as coisas certas. Ou seja, implementamos medidas de saúde pública, que comprovadamente continuam a funcionar", destaca.
"O pior que poderia nos acontecer agora, que estamos com menos casos, seria aliviar as medidas. Isso aumentaria a oportunidade para que o vírus fosse transmitido de pessoa para pessoa", acrescentou.
Fonte: g1
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