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Taurus é processada por voluntários que resgataram armas durante enchentes. Grupo diz ter sido enganado

Nicolas Vedovatto, de casaco azul, e Igor Garcia Cunha de Oliveira, de colete laranja, participação da operação — Foto: Acervo pessoal
Nicolas Vedovatto, de casaco azul, e Igor Garcia Cunha de Oliveira, de colete laranja, participação da operação — Foto: Acervo pessoal

Um grupo de voluntários que trabalhou nos resgates de vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, no ano passado, moveu um processo por danos morais contra a empresa brasileira de armamento Taurus. Eles pedem uma indenização de R$ 1,27 milhão por terem sido chamados até o Aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre, para salvar crianças, quando, na verdade, a ajuda seria para retirar uma carga de armamentos.


Conforme consta em matéria do O Globo, os voluntários dizem ter se sentido "enganados" e alegam que foram "constrangidos de forma ilegal e expostos a um cenário com risco de vida". Na ação, foram retirados 3 mil artefatos bélicos de dentro do aeroporto.


À época, voluntários que participaram da mobilização relataram, inclusive, ter usando barcos para remover os artefatos de área alagada. Eles disseram ainda que trabalharam o dia todo carregando caixas de armas. Também ajudaram a arrombar um portão do aeroporto, tudo feito sem qualquer proteção. Eles afirmam ter carregado, ao longo do dia, 156 caixas com armamento.


Primeiro, as caixas eram colocadas em um barco que seguia, por cerca de 20 minutos, até um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). De lá, eram mandadas por funcionários da Taurus, de caminhão, até um local seguro.


Em nota, a Taurus disse que não sabia da participação do grupo. “A empresa desconhece a participação de voluntários e vai levantar os fatos junto às autoridades policiais que participaram da operação”, diz a nota.


A Advocacia-Geral da União (AGU) também é ré no caso por negligência. Segundo os voluntários, agentes da Polícia Federal que atuaram no resgate tinham conhecimento que eles eram civis despreparados para a operação. O processo ainda relata que os policiais foram omissos no caso.


Em nota, a AGU informou que "já foi citada no referido processo e apresentou manifestação nos autos, oportunidade em que defendeu a inexistência de responsabilidade civil da União no caso."


"Segundo a AGU, se houve algum ato que importe na responsabilização civil foi decorrente da conduta da empresa co-réu, proprietária do material bélico e responsável pelo seu transporte e armazenamento conforme as normativas específica de regência. A União, que tinha o dever de proteger a área do terminal aeroviário evitando saques, não seria a responsável pelo transporte dos materiais ou armazenamento dos mesmos em outro local", concluiu o comunicado.


Em nota, a Polícia Federal informou que a retirada das armas foi coordenada pela corporação em articulação com a Fraport, administradora do Aeroporto Internacional Salgado Filho, “e com a empresa proprietária da carga e as pessoas contratadas por ela — sendo esses, exclusivamente, os participantes envolvidos com a logística de remoção do armamento”.


Fonte: O Globo

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