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Foto do escritorAndressa Deuner

Morador de NH, que integra grupo neonazista, diz que postagens racistas foram feitas por hackers


Blog escreve ataques racistas a participantes do BBB22 | Imagem: Reprodução / TV Globo

Aristides Braga, estudante de 25 anos que é investigado por fazer ataques racistas pela internet contra o participante do Big Brother Brasil 2022 Douglas Silva, prestou depoimento à Polícia Civil na terça-feira (1º) e negou o crime. Ele estava acompanhado de um advogado.


De acordo com a delegada Andréa Mattos, titular da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI) em Porto Alegre, Aristides afirma que foi "hackeado, que pouco entende de tecnologia da informação e que, com relação à internet, só sabe 'jogar'".


"Li em voz alta todas as coisas que teriam sido escritas por ele e ele foi negando tudo. Perguntei da foto em que ele segura a identidade. Ele falou que de fato tirou aquela foto, mas o uso se deu em virtude de uma abertura de conta em um banco. Que ele 'tinha que provar' que era ele mesmo. Que o pessoal que o hackeou deve ter pego essa foto para fazer aquela postagem no WordPress", conta a delegada Andréa.


O advogado de Aristides, André Von Berg, nega que as mensagens racistas sobre Douglas publicadas no site sejam do cliente dele (saiba mais abaixo).


A família do ator Douglas Silva registrou ocorrência na Polícia Civil contra um blog anônimo vinculado ao site WordPress onde eram postados os conteúdos racistas. Um texto chama ele de macaco, além de fazer outras ofensas.


Na última sexta-feira (28), a polícia apreendeu material de informática do suspeito. Para a delegada Andréa, a análise do telefone do computador dele é essencial para o caso.


"Tudo foi para a perícia. Até perguntei se ele estava tranquilo com relação a isso. Ele disse que, caso encontrássemos algo, seria 'culpa' do hacker. Disse que não sai de casa, que só se relaciona com a família e que 'não tem inimigos'. Ninguém que ele desconfie que tenha invadido as redes sociais dele', relata a delegada Andréa.


O relatório gerado a partir do depoimento dele foi encaminhado ao Rio de Janeiro, cidade em que está a delegacia titular do caso. A perícia não tem prazo para ser concluída. Ainda é cedo para dizer se o suspeito vai ser responsabilizado e por quais crimes.


Aristides já é investigado pela Polícia Civil desde setembro do último ano, como parte de outro inquérito policial, em relação a um grupo extremista que faz ameaças a negros, judeus e homossexuais na internet. Outro homem, também suspeito de integrar o grupo, foi preso na última sexta-feira (28).


O que diz a defesa de Aristides


O advogado de Aristides, André Von Berg, alega que o cliente participa ativamente de fóruns na internet e que em um deles foi taxado de racista, o que ele nega. Na versão do advogado, ele teria feito uma "brincadeira" envolvendo pessoas, bananas e macacos.


Algumas pessoas em um desses fóruns viram a "brincadeira", descobriram o nome dele, entre outros dados, e jogaram na internet. Teria sido assim que a autoria das mensagens foi atribuída a ele.


O advogado ainda disse que Aristides está sendo alvo de ameaças desse grupo por conta da investigação policial. Ele registrou ocorrência por ameaça na Polícia Civil.


Fonte: G1

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