A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul corrigiu, no final da tarde desta terça-feira (1º), o levantamento em que apontava o número de hospitalizações e mortes por Covid em janeiro no estado.
Conforme correção publicada pela pasta às 17h51 (veja abaixo), 28% das internações e 23% das mortes ocorreram em pessoas que não haviam recebido nenhuma dose contra o coronavírus ou tinham o esquema incompleto (apenas uma dose no esquema de duas). Quem tomou as duas doses sem reforço corresponde a 45% das internações e a 47% dos óbitos. Por volta de 20h40, a publicação foi apagada do site da SES.
Segundo a SES, cerca de 8,5% da população do RS não tomou a segunda dose e 18,6% não tomou nenhuma dose da vacina. Dessa forma, o percentual de hospitalizações e óbitos é superior que a média do grupo. Anteriormente, a SES havia informado que a maioria das hospitalizações (65%) e mortes (67%) era entre não vacinados ou pessoas com o esquema vacinal incompleto.
Os dados das SES são muito diferentes dos dados divulgados por outros estados do Brasil, em que entre 70% e 80% dos pacientes internados são de não-vacinados, entre eles, São Paulo, Paraná, Bahia, Maranhão, Amapá e Minas Gerais.
Os dados foram obtidos por meio dos registros de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave com classificação final de Covid-19 notificadas no Sivep-Gripe (entre 01/01/22 e 27/01/22) e então cruzados com o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).
Vacinação
Até esta terça-feira, a primeira dose das vacinas CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca foi aplicada em 8.992.876 pessoas (78,4%). Até a manhã de segunda-feira (31), o levantamento da SES apontou 49,4 mil crianças vacinadas contra a Covid-19 no estado.
O estado soma 8.333.047 pessoas com as duas doses das vacinas CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca ou a dose única da Janssen. Isso representa 72,6% da população.
Com a dose de reforço, são 2.753.556 pessoas, ou seja, 24% da população gaúcha. Além disso, outras 99.908 doses adicionais foram aplicadas em pessoas com baixa imunidade.
Vacinação reduz risco de morte em adultos
Os dados de janeiro deste ano seguem a mesma tendência de um estudo do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) que já tinha apresentado, em dezembro do ano passado, uma redução no risco de morte por Covid em adultos.
Os dados de hospitalizações e óbitos entre agosto e novembro apontaram que o esquema vacinal completo (duas doses ou dose única) reduziu em 87% o risco de morte pela doença nas pessoas com 20 anos ou mais.
Entre os idosos, a vacinação de reforço, por sua vez, foi capaz de diminuir em 95% a incidência de óbitos no período.
Aumento de casos
Segundo a SES, outro fato que aumenta a importância da vacinação é a alta no número de casos de Covid-19 em janeiro. De acordo com o órgão, o mês já é considerado em toda a pandemia como o maior em circulação da doença.
Mais de 316 mil novos casos foram registrados. O dado ainda é parcial, de acordo com a SES, já que ainda podem entrar mais casos relacionados a este período nos próximos dias.
O aumento representa mais do que todo o segundo semestre de 2021 e reflete no aumento das hospitalizações e mortes, que nas últimas semanas também voltaram a ter alta, após meses de queda.
Nota da SES:
ERRATA: a Secretaria da Saúde (SES) informa que inicialmente foi passado um dado trocado no texto original. Os casos e óbitos referidos como tendo esquema vacinal completo sem reforço tratavam-se, na verdade, pessoas com esquema incompleto, e vice-versa. Dado corrigido às 17h51 do mesmo dia da publicação original.
Fonte: G1
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