O terceiro réu acusado do assassinato de Eliseu Santos — secretário da Saúde de Porto Alegre morto a tiros em 2010 —, Robinson Teixeira dos Santos, 35 anos, foi condenado a 33 anos, cinco meses e 15 dias de prisão. Conforme a pena, ele não poderá apelar em liberdade. O juiz Thomas Vinícius Schons, da 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, leu a sentença às 00h45min desta sexta-feira (23).
Robinson Teixeira dos Santos foi considerado culpado por homicídio qualificado com agravante de o crime ter sido contra uma pessoa maior de 60 anos. Ele também foi condenado pelos crimes de bando armado, fraude processual, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Apenas para o crime de fraude processual foi determinado regime semiaberto, sendo que todos os outros deverão ser respondidos em regime fechado.
O júri começou pouco depois das 10h da manhã desta quinta-feira (22), no segundo andar do Foro Central de Porto Alegre. Na parte da noite, os advogados de defesa, Cássia Dornelles, Pâmela Farias e Diorge Diander, falaram por cerca de 40 minutos, pedindo pela absolvição do réu. Às 22h45min, o juiz concedeu um intervalo de dez minutos. Depois disso, os jurados iniciaram os debates para definir a sentença.
Conforme o Ministério Público, Robinson dirigia o carro que levou os atiradores até o local do crime e esperou para fugirem. O carro, modelo Vectra, era roubado e tinha as placas clonadas. Para a acusação, Eliseu teve a morte encomendada porque descobriu um esquema de corrupção dentro da secretaria da Saúde, envolvendo a empresa Reação. Na época, a empresa, que não existe mais, prestava serviço de segurança nos postos de saúde da Capital.
O secretário foi morto a tiros na frente da esposa e da filha, então com apenas sete anos, na saída de um culto religioso em 26 de fevereiro de 2010, no bairro Floresta.
Eliseu Pompeo Gomes e Fernando Junior Treib Krol receberam sentença, em maio de 2016, de 27 anos e 10 meses de prisão em regime fechado. Há ainda outros três júris previstos para serem realizados até dezembro deste ano, com o julgamento de mais seis réus. Há mais dois acusados com processo em andamento, que ainda não têm previsão de serem julgados. Um terceiro acusado morreu no início do ano.
Fonte: GZH
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