RS é o estado com maior proporção de moradores próximos a pontos de ônibus, aponta IBGE
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira novos dados do Censo que apontam para a características urbanísticas do entorno dos domicílios. O Rio Grande do Sul se destacou no quesito pontos de ônibus, onde foi encontrado uma das maiores proporções de moradores em vias com essa qualidade.
Conforme o IBGE, o Estado atingiu o índice de 14,5%, ficando à frente de Santa Catarina (11,9%) e São Paulo (11,8%). Tocantins (1,6%) apresentou a menor proporção. No total, a pesquisa do entorno identificou pontos de ônibus ou van em vias onde moravam 15,3 milhões de pessoas (8,8%). Este item de infraestrutura urbana, indicativo da existência de transporte coletivo, tinha uma distribuição bastante desigual no território nacional.
Entre as capitais, Porto Alegre lidera a estatística com índice de 25%. Já Juiz de Fora (MG), com 48,6%, é o município com mais de 100 mil habitantes que apresenta o maior percentual neste quesito, seguido por Petrópolis (RJ), com 31,5%.
“A existência deste transporte cumpre a necessidade de circulação de pessoas para a realização das atividades sociais, culturais, políticas e econômicas consideradas necessárias na sociedade. É importante destacar que, de forma geral, a presença de pontos de ônibus não acontece em todos os trechos de via”, destaca Filipe Borsani, analista da divulgação.
Arborização
Na pesquisa do IBGE, Porto Alegre aparece como a sexta capital com maior percentual de moradores em via com arborização. O índice alcançado pela cidade gaúcha foi de 76,5%. Neste quesito, o destaque vai para Campo Grande (MS), com 91,4%.
Em dados gerais, o Brasil tem 58,7 milhões de moradores (33,7%) vivendo em vias sem arborização, enquanto 114,9 milhões (66,0%) vivem em vias com presença de árvores.
Em termos de densidades de arborização, 35,6 milhões das pessoas (20,4%) contabilizadas com presença de árvore residem em vias com até 2 árvores, 23,5 milhões (13,5%) em vias com 3 ou 4 árvores, enquanto 55,8 milhões (32,1%) localizam-se em vias com 5 árvores ou mais.
São José (SC) é o município com mais de 100 mil habitantes com menor percentual de moradores em vias com arborização (15,1%), enquanto Maringá, o maior (98,6%).
“A arborização urbana é essencial para a qualidade de vida nas cidades. Ela contribui para o bem-estar dos habitantes, oferecendo diversos benefícios ambientais, sociais e econômicos. A redução da temperatura é uma consequência importante, diminuindo a incidência de ilhas de calor ao longo do tecido urbano. Ao integrar os resultados da pesquisa urbanística com práticas de arborização, os municípios podem criar ambientes urbanos mais sustentáveis e agradáveis, melhorando a qualidade de vida de seus habitantes”, frisa o analista do IBGE Maikon Novaes.
Calçadas livres
Conforme o IBGE, 32,8 milhões de pessoas residem em vias calçadas livres de obstáculos, equivalente a 18,8% do total da pesquisa, quesito novo no levantamento. Menores percentuais encontram-se no Maranhão (4,7%), no Piauí (4,9%) e no Acre (5,6%). Destaques positivos para Rio Grande do Sul, com 28,7%, Mato Grosso, com 27,4% e São Paulo, com 25,5%.
Santos (SP) é o destaque entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, com 64,5% dos moradores em vias com calçadas livres de obstáculos. Das capitais, a melhor situação é Porto Alegre, com 46,6%. Bacabal (MA) tem o menor percentual, com 1,0%.
O levantamento das características urbanísticas do entorno dos domicílios observou dez quesitos relacionados à capacidade de circulação e pavimentação da via, existência de bueiro ou boca de lobo, iluminação pública, ponto de ônibus ou van, sinalização para bicicletas, calçada ou passeio, obstáculo na calçada, rampa para cadeirante e arborização.
Fonte: Correio do Povo
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