O Rio Grande do Sul registrou aumento nas internações de crianças com coronavírus ao longo deste mês de janeiro. Nesta quinta-feira (20), eram 103 pacientes com Covid-19 internados em leitos clínicos e de terapia intensiva (UTIs). No início do mês, as vagas pediátricas atendiam 32 pessoas, conforme o Boletim de Hospitalizações da Secretaria Estadual da Saúde (SES).
A maior alta, de 255%, é em leitos clínicos, com um salto de 20 pacientes no início do mês para 71 nesta quinta. Nas UTIs, são 32 crianças com coronavírus, enquanto 12 eram atendidas no dia 1º – um aumento de 166% (veja o gráfico abaixo).
Na quarta (19), o estado iniciou a imunização de crianças de 5 a 11 anos de idade. A pequena Martina de Oliveira, de 8 anos, é uma das que aguarda a sua vez de receber a vacina. Ela e todos os familiares pegaram coronavírus. A mãe, a gestora de projetos sociais Rosa Iohana de Oliveira, diz que começou a sentir os sintomas após uma sessão do tratamento contra o câncer de mama.
"Depois que eu me curar, eu vou me vacinar! Sem medo da agulha", diz a menina.
Situação nos hospitais
No Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), a procura nas emergências aumentou mais de 70% esta semana, na comparação com os sete dias anteriores. O setor opera acima da capacidade máxima e não há mais leitos disponíveis. Duas crianças aguardam internação na unidade.
"É o maior numero que nós já tivemos desde o inicio da pandemia em março de 2020", diz a chefe do setor de Pediatria do HCPA, Sandra Helena Machado.
Já no Hospital Conceição, são 14 crianças internadas, entre casos suspeitos e confirmados, comenta Francisco Paz, diretor técnico Grupo Hospitalar Conceição.
"Houve um pequeno aumento, sim, mas tudo indica que deverá aumentar nos próximos dias", projeta.
Na Santa Casa de Misericórdia, 65% dos atendimentos são de pacientes com sintomas gripais. Cinco crianças estão internadas, duas já com a confirmação da doença.
"Toda vez que a gente tem um caso positivo, a gente necessita deixar esse paciente em isolamento, transferir para uma área mais segura para evitar que isso se transmita para os outros pacientes", explica Fabrizio Motta, infectologista pediátrico do hospital.
Fonte: G1
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