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Júlia Barth

Rodoviários protestam contra privatização da Carris e extinção de cobradores em Porto Alegre


Protesto parcial de trabalhadores da Carris em Porto Alegre nesta quinta-feira (2)| Foto: Reprodução

Parte dos funcionários da Carris protestaram, na manhã desta quinta-feira (2), contra a privatização da empresa e a extinção dos cobradores de ônibus em Porto Alegre. O projeto que prevê a extinção gradativa do posto de trabalho foi aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores, na noite de quarta (1º), por 21 votos a favor e 12 contra.


Segundo a Carris, todas as linhas estão em funcionamento, mas com espaços maiores entre as viagens. Cerca de 65% da frota está circulando. A Carris opera 22% do transporte público da Capital.


A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), informou que está monitorando a circulação e o atendimento aos passageiros de ônibus. Está previsto um esquema especial no transporte coletivo e a liberação de linhas de lotação com passageiros em pé no interior dos veículos.


Mesmo assim, diversas paradas de ônibus estavam lotadas em Porto Alegre no início da manhã desta quinta-feira.


Privatização e extinção de cobradores


O principal protesto dos rodoviários é contra a privatização da Companhia Carris Porto-Alegrense, empresa pública de ônibus, apresentada pelo prefeito da Capital, Sebastião Melo em junho deste ano. O município quer autorização para "alienar ou transferir, total ou parcialmente" a empresa pelos meios de "desestatização".


Nas justificativas do projeto enviado à Câmara, o Executivo afirma que a queda do número de passageiros e a pandemia agravaram a lógica de funcionamento do sistema. A proposta também cita o aumento da idade dos usuários, o que acarretaria em menos viagens e em mais gratuidades, e a concorrência dos aplicativos de transporte.


Já o projeto de extinção gradual de cobradores de ônibus foi aprovado na noite de quarta-feira (1º). A mudança deve ser gradativa ao longo dos próximos quatro anos, até 31 de dezembro de 2025, com a não reposição de vaga para cobrador pelas empresas nos casos de rescisão do contrato por iniciativa do trabalhador, despedida por justa causa, aposentadoria, falecimento e interrupção ou suspensão do contrato de trabalho.


Segundo a prefeitura, a medida faz parte de um dos principais projetos do governo para reduzir o custo da passagem de ônibus na cidade. Inicialmente será permitido às empresas as viagens sem cobrador, diariamente, entre 22h e 4h.


O projeto também define a oferta de cursos de qualificação para todos os cobradores e avaliação, pelas empresas, do aproveitamento em outras funções, inclusive como motorista e mecânico. A medida busca oportunizar a inserção dos profissionais em outros mercados, de acordo com a prefeitura.


Fonte: G1 Rio Grande do Sul

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