Os dois primeiros encontros de capacitação do Projeto História de São Leopoldo: Uma cidade viva conta suas histórias foram realizados nesta quarta-feira (20), com professores da Rede Pública de Ensino de São Leopoldo, no Museu do Rio. Durante a atividade, os participantes fizeram uma visita à Base Ecológica do Rio Velho, no bairro Vicentina.
De acordo com a Secretaria de Educação (Smed), o objetivo do projeto é trabalhar a história da cidade com encontros duas vezes por mês de março a junho, e uma vez por mês de junho a outubro, totalizando 12 encontros.
Em cada encontro serão discutidos textos produzidos pela coordenadora do projeto, Andrea Helena Petry Rahmeier. O foco são os anos iniciais – do terceiro ao quinto ano –, com materiais de apoio e discussão metodológica. O tema será aprofundado com o sétimo e oitavo ano, utilizando material de apoio.
Andrea ministrou o primeiro encontro e explicou o objetivo do projeto. “Este curso vai explorar os diversos períodos da história de São Leopoldo, desde quando era apenas um rio e um ambiente natural, passando pelos povos indígenas, até chegar ao século XXI. Serão 12 encontros, cada um com quatro horas de duração, com turmas de manhã e à tarde. Cada encontro terá como característica explorar um espaço da cidade e aspectos ligados aos povos abordados. O curso visa proporcionar uma experiência de imersão na história da cidade, conforme o próprio nome sugere: uma cidade viva conta as suas histórias”, disse a coordenadora do projeto.
A assessora técnica da Smed e do Núcleo Educacional de Relações Étnico-Raciais (Nerer), Indiara Tainan Passos dos Santos, esteve presente no evento e contou como iniciativas como esta são fundamentais. “Essa formação é estratégica para colocar em prática legislações importantes que alteram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, como a Lei 9.394/96, que se tornou a Lei 10.639/2003 e a Lei 11.645/2008. Essas leis tornam obrigatório o ensino da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena em todos os níveis de ensino. Trazer nossos professores, tanto dos anos iniciais quanto dos anos finais, para refletir sobre a história e formação da cidade nos ajuda a contextualizar de forma completa e dar voz a todas as etnias para falarem sobre esse lugar”, explicou Indiara.
A professora do quarto ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Santa Marta, Carolina Sehn, contou sobre a perspectiva que ganhou com a capacitação. “Quando criança, nunca estudei a história de São Leopoldo, foi preciso estudá-la como professora para poder ensinar. É interessante ver como essa história vai muito além da imigração europeia e como nossa influência é maior do que imaginávamos. Estou encantada, apaixonada e ansiosa pelos próximos encontros”, disse.
Fonte: PMSL
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