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Procuradoria Geral da República denuncia ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado

Foto do escritor: Start Comunicação Start Comunicação

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado em 2022.


Bolsonaro foi denunciado pelos crimes:


  • Golpe de Estado

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito

  • Organização criminosa


Se a denúncia for aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro se tornará réu e passará a responder a um processo penal no tribunal. Também foram denunciados o ex-ministro e ex-vice na chapa de Bolsonaro, o general Braga Netto; e o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Ao todo, são 34 denunciados (veja a lista mais abaixo).


Bolsonaro sabia de plano para matar Lula e concordou


De acordo com a denúncia da PGR, assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Bolsonaro sabia do plano para matar Lula no fim de 2022 e concordou com a trama.

"Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de “Punhal Verde Amarelo”. O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu , ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições", escreveu o procurador-geral.


Discurso de ruptura desde 2021


Ainda de acordo com Gonet, Bolsonaro adotou tom de ruptura com a a democracia desde 2021.


"Para melhor compreensão dos fatos narrados, convém recordar que, a partir de 2021, o Presidente da República adotou crescente tom de ruptura com a normalidade institucional em seus repetidos pronunciamentos públicos, nos quais expressava descontentamento com decisões de tribunais superiores e com o sistema eleitoral eletrônico em vigor", escreveu.

Ainda de acordo com Gonet, Bolsonaro se tornou mais antidemocrático a partir das eleições de 2022.


"Essa escalada ganhou impulso mais notável quando Luiz Inácio Lula da Silva, visto como o mais forte contendor na disputa eleitoral de 2022, tornou-se elegível, em virtude da anulação de condenações criminais.


Os denunciados


Os denunciados por tentativa de golpe de Estado estão:


Alexandre Rodrigues Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin e deputado federal

Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marina

Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

Anderson Gustavo Torres, ex-ministro da Justiça

Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional

Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República

Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira

Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa, ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro e general

Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.


E também:


  1. Ailton Gonçalves Moraes Barros

  2. Angelo Martins Denicoli

  3. Bernardo Romão Correa Netto

  4. Carlos Cesar Moretzsohn Rocha

  5. Cleverson Ney Magalhães

  6. Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira

  7. Fabrício Moreira de Bastos

  8. Filipe Garcia Martins Pereira

  9. Fernando de Sousa Oliveira

  10. Giancarlo Gomes Rodrigues

  11. Guilherme Marques de Almeida

  12. Hélio Ferreira Lima

  13. Marcelo Araújo Ormevet

  14. Marcelo Costa Câmara

  15. Márcio Nunes de Resende Júnior

  16. Mario Fernandes

  17. Marília Ferreira de Alencar

  18. Nilton Diniz Rodrigues

  19. Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho

  20. Rafael Martins de Oliveira

  21. Reginaldo Vieira de Abreu

  22. Rodrigo Bezerra de Azevedo

  23. Ronald Ferreira de Araujo Junior

  24. Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros

  25. Silvinei Vasques

  26. Wladimir Matos Soares


Relatório da PF


A PGR se baseou no relatório da Polícia Federal que, em novembro do ano passado, concluiu pelo indiciamento de Bolsonaro e outras 36 pessoas, incluindo:


  • o general Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022;

  • o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro e delator;

  • o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno;

  • o policial federal e hoje deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin); e

  • Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.


Em dezembro, a PF fez um relatório complementar, indiciando outras três pessoas e fazendo com que o número total de indiciados na investigação chegasse a 40.


Núcleos


À época, a PF concluiu pela existência de 6 núcleos golpistas:


  • Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral: responsável pela disseminação de mentiras sobre as urnas eletrônicas para descredibilizar o processo eleitoral.

  • Núcleo Responsável por Incitar Militares: elegia alvos para ampliar os ataques pessoais contra militares em posição de comando que resistiam às investidas golpistas.

  • Núcleo Jurídico: fazia assessoramento e elaboração de minutas de decretos com argumentos jurídicos e doutrinários que atendessem aos interesses golpistas. Elaborou, por exemplo, minutas de atos inconstitucionais, como a proposta encontrada na casa de Anderson Torres.

  • Núcleo Operacional de Apoio: executava medidas para manter as manifestações em frente aos quartéis militares que se formaram após o resultado das eleições, incluindo a mobilização, logística e financiamento de militares das forças especiais, os “kids pretos”, em Brasília..

  • Núcleo de Inteligência Paralela: coletava dados e informações que pudessem auxiliar a tomada de decisões sobre o golpe de Estado e monitorava o deslocamento e localização do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, do presidente recém-eleito Luiz Inácio Lula da Silva e de seu vice Geraldo Alckmin.

  • Núcleo Operacional de Medidas Coercitivas: encarregado de anular adversários do golpe, inclusive com uso de violência, com previsão de assassinato ou captura de Lula, Alckmin, do ministro Alexandre de Moraes e de quem mais apoiasse as decisões do Supremo Tribunal Federal contra os interesses do grupo.


Entre os crimes pelos quais os investigados foram indiciados estão


  • Golpe de Estado: 4 a 12 anos de prisão;

  • Abolição violenta do Estado democrático de Direito: 4 a 8 anos de prisão;

  • Integrar organização criminosa: 3 a 8 anos de prisão.


Além do inquérito sobre o golpe de estado, o ex-presidente também já foi indiciado no ano passado em outras duas investigações da Polícia Federal: o caso das joias sauditas e a fraude no cartão de vacinas.


FONTE: G1

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