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Primeiro-ministro da Espanha critica apoio de Elon Musk à Extrema Direita na Europa

Imagem: Javier Soriano/ AFP.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, fez críticas a Elon Musk por causa das interferências que o bilionário vem fazendo na política europeia, nesta quarta-feira (8).


Durante discurso que fez em um evento para comemorar o 50º aniversário da morte do ditador Francisco Franco, Sánchez não citou diretamente o nome de Musk, mas acusou "o homem mais rico do planeta" de liderar a Extrema Direita internacional e incitar o ódio.


"A Extrema Direita internacional à qual nos opomos na Espanha há anos, liderada neste caso pelo homem mais rico do planeta, ataca abertamente nossas instituições, incita ao ódio e apoia abertamente os herdeiros do Nazismo na Alemanha", disse.


Sanchez ainda afirmou que a democracia é frágil e enfrenta uma ameaça existencial. "Se a história nos ensina alguma coisa, é que a liberdade nunca é conquistada permanentemente", falou o premiê.


Um dia antes, a porta-voz do governo espanhol, Pilar Alegria, já havia criticado o bilionário depois que ele fez uma postagem comentando sobre estatísticas sobre estrangeiros presos por estupro na Espanha.


"Acreditamos que essas plataformas devem sempre agir com absoluta neutralidade e, acima de tudo, sem interferir", disse ela em entrevista coletiva ao ser questionada sobre o post do dono do X.


O artigo, publicado originalmente pelo jornal "La Razon" em 27 de setembro do ano passado, trazia a manchete: "91% dos condenados por estupro na Catalunha são estrangeiros" e o subtítulo "Imigrantes representam 17% da população total da região".


O apoio de Musk à Extrema Direita


Elon Musk foi um dos principais apoiadores da campanha do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Logo após a vitória, voltou suas atenções para a próxima eleição federal da Alemanha, endossando o partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD).


A mensagem foi imediatamente celebrada e reproduzida por líderes do partido, que é rotineiramente acusado de abrigar neonazistas e que tem vários diretórios estaduais classificados como "extremistas de Direita" por serviços de inteligência, que monitoram de perto as atividades de seus membros.


Musk já havia deixado claro suas simpatias pela AfD no passado, ao interagir com políticos da sigla na rede X e questionar a vigilância policial sobre o partido.


Agora, o endosso ocorre a dois meses da próxima eleição federal na Alemanha, na qual a AfD aparece com entre 18% e 20% das intenções de voto em pesquisas e com chances de formar a segunda maior bancada de deputados no Parlamento alemão (Bundestag).


O endosso de Musk foi publicado na forma de um comentário acima da reprodução de um vídeo de uma influencer de Direita alemã chamada Naomi Seibt, de 24 anos. Ela se tornou conhecida em 2020 ao se apresentar como uma "anti-Greta Thunberg" e propagar nas redes discursos que negavam as mudanças climáticas. Ela também já publicou diversos elogios ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro em suas redes.


No vídeo comentado por Musk, Seibt se queixou da posição da conservadora União Democrata Cristã (CDU) – partido alemão que está na liderança das pesquisas – de refutar a possibilidade de formar uma aliança com a AfD e dividir o poder com os ultradireitistas em 2025.


As críticas de Seibt foram diretamente dirigidas a Friedrich Merz, líder da CDU e candidato ao posto de chanceler federal, que nos últimos meses deu uma guinada mais à Direita no seu partido, mas que continua a descartar trabalhar com a AfD.


Dessa forma, Musk não apenas manifestou apoio à AfD, mas também endossou às críticas a Merz, visto no momento na Alemanha como o favorito a assumir o posto de chanceler federal no ano que vem.


Em setembro do ano passado, quando as eleições ainda não estavam no radar, Musk já havia mostrado simpatia pela AfD ao comentar uma publicação que se queixava de operações de salvamento de imigrantes irregulares no Mediterrâneo. "Vamos esperar que a AfD ganhe as eleições e interrompa o suicídio europeu", escreveu Musk na ocasião.


Em novembro, Musk também já havia chamado o atual chanceler federal, o social-democrata Olaf Scholz, de "tolo".


Fonte: g1

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