Jair Bolsonaro afirmou que não está sujeito a sanções legais por crime de prevaricação, em entrevista coletiva realizada após encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, na tarde da última segunda-feira (12).
"O que eu entendo que é prevaricação se aplica ao servidor público, não a mim. Mas em qualquer denúncia de corrupção eu tomo providências. Até a do Luis Miranda, mesmo conhecendo toda a vida pregressa dele, eu conversei com o (ex-ministro Eduardo) Pazuello. Ele viu e não tem nada de errado", disse.
Logo em seguida, no entanto, se contradisse ao afirmar: "Já estamos tomando providências. Vamos corrigir o que está sendo feito". Bolsonaro alega, ainda, que o deputado federal Luis Miranda, autor da denúncia das supostas irregularidades no contrato de aquisição da vacina indiana Covaxin, cometeu crime, caso tenha gravado conversa com o presidente. Afirmou que não se recorda de ter tratado da compra dos imunizantes com o parlamentar.
Gravação
"Se houve gravação, isso é crime. Nada que eu me lembre foi tratado com ele, Luis Miranda, com a ênfase que ele está dizendo, até porque ele foi tratar de vários assuntos. Eu recebo qualquer um. Se ele gravou, está forjado o caráter dele. Eu não vou falar para divulgar ou não divulgar, é da consciência dele", disse.
Bolsonaro se recusou a revelar detalhes sobre conversas com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, apontado por Miranda como responsável pelas tratativas com a empresa intermediária no processo de compra dos imunizantes. O chefe do Executivo também repetiu que não tem como ter conhecimento de todas as medidas dos 22 ministérios do governo.
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