A Prefeitura de Porto Alegre prepara um projeto de lei que dará prazo para início das obras na área do antigo estádio Olímpico, do Grêmio. O texto a ser aprovado na Câmara de Vereadores tem cara de ultimato à OAS, empreiteira que tem acordo para erguer torres residenciais no local.
Grêmio e a construtora fecharam acordo em abril de 2021 para troca das chaves do Olímpico e da Arena do Grêmio, mas o acerto não saiu do papel até agora.
O PL será elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade e surge na esteira da preocupação com o estado atual da área de 8 hectares. O texto deve fixar prazo entre 12 e 24 meses para o início das obras do empreendimento.
De acordo com a prefeitura, o Olímpico está em "estado de abandono". Sem receber jogos oficiais desde fevereiro de 2013, o estádio já teve setores implodidos, mas continua com paredes de pé e tem sido alvo de tentativas de invasão.
Caso na Justiça
Em outra frente, a Prefeitura se uniu ao Ministério Público para entrar com ação de execução na Justiça. A peça exige que a OAS e Karagounis, empresa ligada à construtora, iniciem obras no entorno da Arena do Grêmio, na zona norte de Porto Alegre.
As obras nas cercanias do novo estádio fazem parte do acordo assinado em abril do ano passado. O pedido do MP-RS e Prefeitura é que a Justiça dê 15 dias para o início das atividades, sob pena de multa diária. Também foi pedido ao Judiciário aplicação de multa de R$ 200 mil pelo descumprimento da obrigação acordada.
O estádio Olímpico foi casa do Grêmio entre 1954 e 2013, sendo envolvido no acordo com a construtora OAS para construção da Arena do Grêmio. De 2014 para cá, o local serviu de garagem para ônibus da empresa municipal e local de treinamento da Brigada Militar.
Fonte: UOL
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