Prefeitura de Porto Alegre irá avaliar remoção de pintura semelhante a símbolo nazista na Redenção
- Guilbert Trendt
- 15 de out. de 2021
- 2 min de leitura

Após moradores apontarem semelhança de pintura com símbolo nazista em trecho do parque Redenção, a Prefeitura de Porto Alegre solicitou, nesta sexta-feira, a elaboração de um laudo técnico para verificar se, no projeto original, o desenho remete a figuras utilizadas pelo nazismo. Caso haja qualquer relação, o Executivo irá retirar a pintura do local. A Secretaria Municipal de Cultura (SMC) será a responsável pelo pedido do laudo.
A imagem do piso na cor vermelha com um tracejado em preto ganhou as redes sociais recentemente pela semelhança que alguns frequentadores do parque identificaram com a suástica. A questão logo gerou polêmica e discussões a respeito do significado da pintura, se de fato ela faria alguma alusão ao símbolo nazista ou não.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) informou que os detalhes do piso fazem parte do projeto original e que, na última reforma, em fevereiro do ano passado, o colorido acabou se destacando. A pasta também afirmou que há registros destes detalhes desde 1943. “Considerando que o parque é tombado como patrimônio histórico, cultural, natural e paisagístico de Porto Alegre desde 1997, está sendo solicitado à Secretaria Municipal de Cultura (SMC) um histórico daquele recanto e, uma vez identificada qualquer alusão a elementos nazistas, serão estudadas formas de alterar ou remover o desenho.”
A prefeitura afirma que não há relação entre a pintura e a suástica nazista. Mesmo assim, o entendimento é de que é importante dar uma resposta à sociedade, já que a associação foi feita pela população. “Internamente, ainda estamos vendo. Se for a troca do passeio ou a pintura da calçada, minha Secretaria faz”, afirmou o secretário de Serviços Urbanos, Marcos Filipi Garcia. Segundo ele, no entanto, a decisão passa pela Cultura. Apesar da determinação do prefeito, o secretário de Cultura, Gunter Axt, disse que o assunto ainda não chegou oficialmente à SMC.
Fonte: Correio do Povo
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