Com capturas já registradas na Praia do Paquetá, em Canoas, é questão de tempo para que as palometas comecem a aparecer em outros pontos do Rio dos Sinos.
Espécie de piranha originária da Bacia do Rio Uruguai, o peixe avançou pelo Rio Jacuí a partir de fevereiro do ano passado e no último verão os primeiros exemplares foram pescados na praia, que fica na confluência dos rios Jacuí e Sinos. Pescadores amadores também retiraram espécimes no Rio Caí, em Pareci Novo.
Sem predador natural, as palometas podem reduzir população de peixes e entrar em conflito com banhistas. Ataques a pessoas já aconteceram em cidades como Rosário do Sul, em águas onde o peixe é nativo. Por lá, balneários colocam redes ao redor da área de banho para impedir o avanço dos animais. Em Uruguaiana, foi criado o evento de Canto e Pesca à Palometa, na tentativa de se controlar a espécie. Apesar de poderem provocar pequenos ferimentos em seres humanos, elas não têm o potencial de ataque de piranhas como as encontradas na Amazônia e Pantanal.
Ibama monitora avanço
Na tentativa de controlar o avanço das piranhas, o Ibama elaborou um plano que, no longo prazo, prevê a recuperação das bacias hidrográficas, o que tornaria o ambiente mais equilibrado, dificultando o avanço de um predador. A curto prazo, a ideia é estimular, por meio de universidades e pescadores, a criação de métodos mais eficazes de capturas e mapear os locais onde há maior presença do animal.
Fonte: Diário de Canoas
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