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Penitenciária em Canoas recebe novo projeto para ressocialização de apenados


Imagem: Pedro Piegas/ Correio do Povo.

Um novo espaço para regenerar detentos foi inaugurado no complexo que abriga unidades da Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan). O ambiente fica no interior de um pavilhão, onde cursos e atividades lúdicas ocorrem com foco em mudar a índole dos apenados. As ações são promovidas por voluntários da Universal nos Presídios (UNP), iniciativa que é sinônimo de ressocialização da massa carcerária há quase quatro décadas.


Os esforços já acontecem há dias no local, mas o ato simbólico para inaugurar o serviço foi nesta terça-feira (23). A cerimônia reuniu 60 presidiários, além do diretor-adjunto do Departamento de Segurança e Execução Penal da Polícia Penal, Clédio Muller, que assumiu provisoriamente o comando do complexo, e a delegada titular da 1ª Delegacia Penitenciária Regional, Alexsandra Viecelli.


"Nós temos grandes parceiros no Complexo Prisional de Canoas. Faço questão de dizer que a Pecan nunca deixou a desejar. Estamos aqui para reafirmar a importância que os voluntários têm na construção de um trabalho em conjunto no sistema prisional”, enfatizou o pastor, artista plástico e coordenador estadual do projeto Venino Aragão.


Uma das oficinas sediadas é intitulada Livres para Pintar, e visa a conscientização dos presos por meio da arte e da fé. Outro curso é o Livres para Digitar, que oferece aulas de informática com especialização em programas de processamento de textos, planilhas eletrônicas e navegação na internet.


"A gente chega onde o poder público tem dificuldade. Quase ninguém acredita na recuperação dos presos, por isso há pouco investimento neles. Tudo que eles costumam ouvir é que não há possibilidade de regeneração. O nosso discurso é o contrário disso. As pessoas não querem ouvir que são casos perdidos. Todos precisam acreditar que ainda há chances na vida, e nós conseguimos atingir essa necessidade de esperança”, disse o líder da Igreja Universal no RS, bispo Guaracy Santos.


Mão de obra prisional na Pecan


O trabalho da UNP dá folego a iniciativas de mão de obra prisional na Pecan, referência do tema no sistema penitenciário gaúcho. O estabelecimento possui um termo de cooperação com a Prefeitura de Canoas, e mais seis com empresas privadas, o que possibilita o exercício de atividades remuneradas a 109 presos.


Os apenados recebem pelo menos 75% do salário mínimo nacional, que também pode ser destinado a familiares. Cerca de 20% do valor é depositado em uma conta pecúlio, uma espécie de poupança para quando eles estiverem em liberdade.


Fonte: Correio do Povo

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