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Foto do escritorGuilbert Trendt

Obra "Schmitt e Jung: duas famílias, uma história" será lançada nesta sexta-feira em São Leopoldo

Uma história de sonhos, realizações e integração que atravessa dois séculos. Este é o plano de fundo do livro "Schmitt e Jung: duas famílias, uma história", da professora Helena Maria Jung. A obra será lançada nesta sexta-feira (30), a partir das 20h, na Becker Haus Tortaria, no Centro de São Leopoldo.


A obra está estruturada em quatro períodos que remetem a quatro casas pelas quais passou a família da autora, na linha do tempo que dá forma à obra. Para além de um recurso criativo como forma de organizar os seus relatos, essa estrutura destaca, igualmente, a importância, para a autora, dos espaços ocupados por sua família no decorrer de uma trajetória que não se acaba e que segue construindo histórias e memórias.


Resgate de memórias


A partir do ano de 1824, milhares de famílias pioneiras de imigrantes alemães deixaram suas regiões de origem em busca de melhores condições de vida em terras brasileiras, atraídas pela propaganda do governo imperial de Dom Pedro I, que prometia a doação de terras, ferramentas e boas condições de prosperidade para quem quisesse colonizar, proteger e tornar produtivos vastos territórios.


Foram muitos os motivos que levaram os imigrantes alemães a atravessarem um oceano para tentar uma vida nova em várias regiões do Brasil – especialmente no Sul e no Sudeste – ao longo dos séculos 19 e 20.


Com as famílias Schmitt e Jung não foi diferente. Muitas são as lembranças da professora e escritora Helena Maria Jung. Descendente de imigrantes, ela relata neste livro histórias vividas por gerações, que, com esforço, povoaram a região Sul e promoveram o seu desenvolvimento.


As dificuldades encontradas pelos primeiros colonos, desafiados a reconstruir suas vidas em lugares desprovidos de estrutura, sem conseguir ao menos se comunicar na língua local; a religiosidade, a união, o sofrimento, o amor à pátria-mãe, o ato de educar, o respeito à nova terra e a força existente no feminino, aliados a características culturais como a culinária, são alguns dos elementos que Helena ressalta, enquanto tece o fio condutor de sua própria existência, traduzindo sentimentos pertinentes a tantos imigrantes que, aos poucos, foram chegando e dando sua contribuição para a formação do povo brasileiro.


Na opinião de Alexandra Zeiner, da Associação Mulheres pela Paz, sediada em Augsburg, Alemanha, a autora Helena Jung “é uma contadora de histórias e uma heroína” e o seu livro constitui “um relato que foi e que será tão valioso para o ano de 2024, um marco da história, quando o Brasil e a Alemanha comemoram 200 anos de irmandade”.


Sobre a autora


Descendente de imigrantes alemães, nascida em Santa Rosa, Helena Maria Jung é professora, com licenciatura e pós-graduação em Artes Visuais. Lecionou na rede pública de ensino. Atualmente, aposentada, dedica-se a ser cuidadora da Natureza, participando assiduamente de várias atividades voltadas ao Meio Ambiente.


Com espírito observador, tornou-se pesquisadora das raízes da própria família, passando a reunir relatos, fotos, documentos e escritos para a produção de um livro sobre a imigração alemã no Brasil, que celebra 200 anos de história em 2024.

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