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OAB cita 'indícios de execuções' na operação da Vila Cruzeiro no Rio de Janeiro


Vítima de operação com mais de 20 mortos na Vila Cruzeiro, no Rio, chega ao hospital Getúlio Vargas nesta terça-feira (24) Imagem: REUTERS/Pilar Olivares

O procurador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Rodrigo Mondego, disse que existe uma suspeita de tortura e execução durante a operação na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. A ação deixou 26 mortos.


"Existe indícios de execuções, em algumas regiões. Indícios de que pelo menos uma pessoa foi torturada antes de ser morta, ontem. E existe indícios de mortos a facadas. Então, a gente está aguardando o desenrolar da perícia do IML para ver em que condições essas pessoas foram mortas", disse Mondego.


Na manhã de quarta-feira (25), representantes da OAB-RJ e da Defensoria Pública estiveram na região do confronto.


"A gente veio aqui com moradores, lideranças. A gente está escutando o que eles têm a dizer. Eles vieram aqui nos mostrar a área onde tudo aconteceu e isso faz parte da nossa apuração para que a gente consiga prestar o melhor serviço pra população, principalmente para as famílias afetadas", disse Pimentel.


Operação

Na terça-feira (24), a Polícia Militar do Rio de Janeiro e a Polícia Rodoviária Federal deflagraram a operação na Vila Cruzeiro para prender chefes do Comando Vermelho e suspeitos vindos de outros estados que estariam escondidos no lugar.


Segundo o comando da PM, a operação estava sendo planejada havia meses, mas foi deflagrada de modo emergencial para impedir uma suposta migração para a Rocinha.


Foram mais de 12 horas de tiroteio na região. Mais de 20 pessoas morreram, entre elas está a manicure Grabrielle Ferreira da Cunha, que foi atingida na porta de casa, na favela da Chatuba, vizinha à Vila Cruzeiro.


Fonte: G1

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