Pedro II torna-se Imperador do Brasil - 1831
Com apenas cinco anos de idade, Dom Pedro II deu início no dia 7 de abril de 1831 ao reinado de 58 anos do Império do Brasil. Ele ficou no posto até a sua deposição em 1889, quando ocorreu a proclamação da República. Dom Pedro II tornou-se o imperador após a abdicação do pai, que deixou o trono e retornou a Portugal.
Filho mais novo do imperador Dom Pedro I do Brasil e da imperatriz Dona Maria Leopoldina de Áustria, D. Pedro II nasceu no Rio de Janeiro em 2 de dezembro de 1825. Como não pôde ser coroado aos cinco anos por ser menor de idade, ele passou a maior parte da sua infância e adolescência recebendo a preparação para se tornar um governante. O ambiente palaciano também o preparou muito bem para as intrigas e traições que enfretaria pela frente.
Até ser coroado, um grande debate se deu sobre a questão da maioridade de Pedro II. Havia um apelo para ela fosse antecipada, com o objetivo de não esperar até que ele completasse 18 anos para ser coroado. Havia pressa, pois o Brasil vivia um período muito turbulento sob o comando de regentes. As disputas entre facções políticas provocaram diversas rebeliões e levaram a uma situação extremamente instável no período regencial. Em 23 de julho de 1840, a Assembleia Geral declarou formalmente Pedro II maior de idade aos 14 anos. Com essa decisão, o garoto foi coroado e consagrado imperador em 18 de julho de 1841. Menos de dois anos depois, D. Pedro II também se casou por procuração com a Princesa Teresa Cristina.
Durante o seu reinado, D. Pedro II batalhou pela unificação do Brasil. Sob seu comando, o Império venceu três conflitos internacionais - a Guerra do Prata, a Guerra do Uruguai e a Guerra do Paraguai -, assim como as forças imperiais sufocaram outras tensões internas. O imperador também ficou conhecido por patrocinar o conhecimento, a cultura e as ciências. Ainda durante o seu reinado ocorreu a abolição da escravidão no Brasil. A Lei Áurea foi assinada em 13 de maio de 1888 pela Princesa Regente do Brasil Dona Isabel. Dom Pedro II estava em Milão, na Itália, com a saúde bastante debilitada, quando recebeu a notícia.
O Império do Brasil chegou ao fim no dia 15 de novembro de 1889, com a derrubada da monarquia e a proclamação da República. Pedro II passou seus últimos anos de vida no exílio na Europa e morreu em Paris, no dia 5 de dezembro de 1891. Décadas mais tarde, seus restos mortais foram trazidos de volta ao Brasil.
Morre Henry Ford, industrial e fabricante de automóveis - 1947
No dia 7 de abril de 1947 morria, em Dearborn, nos EUA, Henry Ford, fundador da Ford Motor Company e o primeiro empresário a iniciar a montagem em massa automóveis. A introdução de seu modelo Ford T revolucionou os transportes e a indústria dos Estados Unidos. Como único dono da Ford Company, ele se tornou um dos homens mais ricos e conhecidos do mundo. Nascido no dia 30 de junho de 1863, em uma fazenda próxima a um município rural a oeste de Detroit, Michigan, Herny Ford, aos 15 anos, já era conhecido por realizar conserto de relógios. Aos 19, trabalhava com a montagem de motores a vapor. Sempre interessado na mecânica dos motores, ele construiu o seu primeiro motor a explosão, movido a gasolina, em 1887. Na década de 1893, Ford trabalhava como engenheiro chefe em uma empresa, cargo que lhe rendeu um bom salário e tempo para se dedicar às suas experiências com motores a gasolina. Em 1896, produziu o seu primeiro veículo chamado Quadriciclo. Aos 40 anos, ele reuniu 11 investidores e US$ 28 mil dólares de capital para formar a Ford Motor Company em 1903. Ford também construiu um carro para corridas que fez sua marca ficar conhecida nos Estados Unidos. Além disso, ele foi um dos primeiros patrocinadores das 500 milhas de Indianópolis. Sucesso de vendas, o modelo Ford T preto foi fabricado até 1926, quando o modelo sofreu modificações por conta da concorrência. No ano seguinte, foi produzido o Ford Model A, produzido até 1931. Depois disso, a empresa adotou um sistema de mudança anual de modelo, semelhante ao que é utilizado pelos fabricantes de automóveis de hoje. Ford também mostrava preocupação com os seus funcionários e sempre buscou os melhores para sua empresa. Por conta disso, oferecia ótimos salários e também repartia com seus empregados uma parte do controle acionário.
Restaurada e inaugurada a Capela Sistina - 1994
A Capela Sistina é um dos mais famosos tesouros artísticos da Cidade do Vaticano, construída entre 1471 e 1484, na época o papa Sisto IV, de onde vem o nome da capela. Seu arquiteto foi o italiano Giovane Dolcina. A capela é conhecida no mundo por ser uma sala em que se celebra o conclave, processo em que o novo papa é escolhido, e outras cerimônias oficiais. Além do aspecto religioso, o local também é famoso pela decoração em afrescos, pintada pelos maiores artistas da Renascença, incluindo Michelangelo, Rafael, Bernini e Sandro Botticelli. No dia 8 de abril de 1994, a capela foi restaurada e inaugurada pelo papa João Paulo II. O processo de restauração aconteceu entre os anos de 1980 e 1994 e teve suporte financeiro do Japão, que arcou com os gastos da obra, estimados em US$ 50 milhões.
Ex-presidente Lula é preso após ser condenado pelo caso do tríplex - 2018
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi preso em 7 de abril de 2018 após ser condenado pelo caso do tríplex do Guarujá. Ele se entregou à Polícia Federal (PF) no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O mandado de prisão havia sido expedido dois dias antes pelo juiz Sérgio Moro. Naquele dia, Lula foi levado ao prédio da Superintendência Regional da PF no Paraná para cumprir sua pena.
Sua condenação havia sido confirmada pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, no dia 24 de janeiro. A defesa do político havia apelado ao TRF-4 contra a condenação de 9 anos e 6 meses de prisão, aplicada por Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal, em Curitiba. No julgamento em Porto Alegre, os desembargadores decidiram ampliar a pena para 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado.
Após rejeição de um habeas corpus preventivo pelo Supremo Tribunal Federal no dia 5 de abril, o juiz federal Sérgio Moro decretou a prisão de Lula. O magistrado também definiu condições especiais para a prisão, devido à dignidade do cargo que o político ocupou. Segundo o despacho, preparou-se uma sala reservada na Superintendência da PF, na qual o ex-presidente ficaria separado dos demais presos, sem qualquer risco para a sua integridade moral ou física. A defesa do ex-presidente impetrou um novo pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça para evitar sua prisão, que novamente foi negado.
Na ocasião, Lula decidiu não se apresentar à sede da Polícia Federal em Curitiba, além de se negar a sair do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista no dia 6 de abril de 2018, encerrado o prazo de prisão para o ex-presidente expedido por Moro. A PF planejou o transporte de Lula caso ele quisesse se entregar tanto na central da Polícia Federal em São Paulo quanto em Curitiba.
No dia seguinte, após uma missa em homenagem a Marisa Letícia, falecida em fevereiro de 2017, Lula decidiu sair do Sindicato e se entregar à PF. Antes disso, o ex-presidente declarou em um discurso que pretendia se entregar para provar a sua inocência e para não ser dado como foragido. Disse também que não tinha medo de Moro e que a razão verdadeira de sua prisão era a sua política social. Finalizou afirmando que haveria continuidade de seu legado após a prisão, pois as suas ideias estavam pairando no ar. "Quanto mais eles me atacam, mais cresce minha relação com o povo brasileiro", declarou, antes de ser levado para cumprir a pena em Curitiba.
Em agosto de 2018, o Comitê de Direitos Humanos da ONU solicitou ao Brasil que fosse garantido a Lula o direito de exercer seus direitos políticos enquanto estivesse preso, incluindo o acesso aos membros do seu partido e à mídia e a participação na eleição presidencial no Brasil em 2018. O Governo do Brasil, por meio do Itamaraty, respondeu no mesmo dia que o Comitê seria composto por indivíduos que não representam países e que a solicitação não produziria efeito vinculante, sendo apenas uma recomendação e informando que encaminhou a decisão do Comitê ao Poder Judiciário. No fim do mesmo mês, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por 6 votos a 1, rejeitar a candidatura de Lula a presidente. Os ministros consideraram o petista inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.
Lula foi o primeiro ex-presidente do Brasil a ser preso devido a uma condenação por crime comum. Antes dele, outros seis ex-presidentes do país foram presos, mas todos por motivos políticos.
O processo
Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em 2017, foram denunciados pelo Ministério Público Federal, apontados como os verdadeiros dos donos de um tríplex no Guarujá, no litoral do estado de São Paulo. De acordo com a denúncia, as reformas feitas no imóvel pela construtora OAS, como a instalação de um elevador privativo, eram parte de pagamento de propina a Lula por supostamente ter favorecido a empreiteira em contratos com a Petrobras. Para o MPF, as reformas eram destinadas a “um cliente específico”, no caso, Lula.
A acusação sustentava que haviam sido destinados a Lula R$ 3,7 milhões na aquisição e reforma do tríplex, sem que o ex-presidente pagasse a diferença pelo apartamento de melhor qualidade que ele e a esposa pretendiam comprar no prédio. Desse valor, uma parte teria sido utilizada para o armazenamento, entre 2011 e 2016, de presentes que Lula recebeu durante os mandatos como presidente.
Na ocasião da denúncia, os advogados de Lula afirmaram que "o MPF elegeu Lula como maestro de uma organização criminosa, mas esqueceu do principal: a apresentação de provas dos crimes imputados”. A defesa de Lula alegou ainda que o juiz Sérgio Moro não tinha isenção para julgar o caso e que o político foi vítima de uma perseguição sem precedentes.
Fonte: history.uol.com.br/ Pesquisa de Bado Jacoby
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