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Foto do escritorGuilbert Trendt

Nova Petrópolis recebe avião da Varig que fará parte de memorial


Aeronave sendo transportada. | Imagem: Oscar Bürgel.

Um Boeing 727/100 que pertenceu à extinta Viação Aérea Riograndense (Varig) vai repousar em outro lugar: em Nova Petrópolis, na Serra. Um caminhão transportou no sábado o corpo principal da aeronave, que estava abrigado no Largo Rubem Berta, na Zona Norte de Porto Alegre. Após seis horas e meia de viagem, a fuselagem chegou ao seu novo destino, um terreno às margens da RS 235, local onde será erguido um memorial.


Conforme o presidente do Grupo VarigVive, Rubem Oscar Bürgel, além da exposição do Boeing 727/100 (prefixo) PP-VLD, o memorial vai reunir peças, equipamentos, uniformes, entre outros itens da empresa gaúcha. Além disso, a ideia é construir um complexo turístico nos 27 mil m2 do terreno, que poderá contar ainda com simulador de voos.


Para restauração do avião, que será realizada pelo grupo H2, devem ser investidos R$ 1 milhão. "O pássaro irá se tornar uma estrela para perpetuar o nome e imagem da Varig", frisa.


Engenheiro de voo da Varig e apaixonado pela história da companhia, Bürgel destaca que o avião foi arrematado em leilão. Ele explica que o objetivo é preservar a história da companhia aérea, na qual ingressou aos 16 anos, e evitar não perder a 'marca mais importante que Rio Grande do Sul já teve'.


"O leilão ocorreu no dia 23 de outubro, no Dia do Aviador. Contamos com o apoio de outros funcionários da empresa, que fizeram uma vaquinha para arrecadar o montante de R$ 93 mil", afirma.


De acordo com Bürgel, a restauração da aeronave deve levar pelo menos um ano. "Nova Petrópolis nos acolheu a partir de uma iniciativa de empresários locais, que ofereceram a área para colocarmos o avião", ressalta.


Uma das exigências para a revitalização do Boeing é manter as cores da Varig: branco, azul e prateado. "Vai ficar exatamente como era pronto pra voar, não em termos de condição de motor, mas a parte externa vai ficar completa", pontua. A construção de todo o complexo, no entanto, deve levar três anos.

Fonte: Correio do Povo

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