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Na simbologia dos 100 primeiros dias de governos, a diferença de visão entre São Leopoldo e Novo Hamburgo


A proximidade geográfica entre São Leopoldo e Novo Hamburgo e agora também a proximidade política e ideológica entre os dois governos, nos faz pensar que o trato e enfrentamento dos problemas cruciais das duas cidades seria parecido. Mas até agora, não está sendo nem parecido e em comum, apenas a boa vizinhança aproxima os dois prefeitos no que diz respeito ao modus operante de começo de governo.


Enquanto na cidade vizinha se fez uma opção de chorar pelo leite derramado e justificar praticamente todas as limitações de começo de governo na herança maldita do governo anterior, em São Leopoldo, mesmo que as críticas ao governo anterior estejam sendo feitas pela nova administração leopoldense, o lado prático e funcional do dia a dia, está sendo implementado com muita intensidade. Ou seja, o discurso da herança maldita existe, mas vamos passar por cima e fazer um governo não só reativo, mas principalmente proativo mostrando músculos e iniciativas. A linha do governo de Heliomar Franco e Regina Caetano está bem desenhada e o roteiro é: “criar fatos positivos e principalmente explorar esses fatos positivos criados”.


A comparação mais adequada para os primeiros meses do novo governo leopoldense, por incrível que pareça, não é com o governo anterior, totalmente antagônico. Pelo que se observa e é bem possível que não seja obra do acaso, que o comando do sétimo andar do paço municipal busca na comparação com pensamentos políticos próximos, no caso Novo Hamburgo que em tese tem o mesmo perfil de problema (dívidas herdadas dos governos anteriores) uma forma de mostrar um estilo mais objetivo e com retorno rápido para a população e principalmente para os seus eleitores.


Na prática, a administração de Heliomar Franco está fazendo o papel de um governo totalmente diferente do anterior (não muito no que diz respeito a aliados políticos) e ao mesmo tempo, dando sequência aos principais projetos herdados em 31 de dezembro de 2024. Não tem como não reconhecer, que a administração atual optou em governar com a herança positiva e não ficou refém do discurso de terra arrasada que inibiria as ações de um governo que chegou com muitas expectativas na sua bagagem. O balanço dos 100 primeiros dias é muito simples: “Vamos construir sem destruir e sempre que possível, criar fatos para

deixar a oposição na defensiva”. Ou seja, tiros certeiros que estão inibindo a oposição nas críticas ao novo governo e seus erros. O bom observador tem a percepção de que todas as divulgações de possíveis irregularidades da administração anterior, são externadas de maneira cirúrgica em momentos de incêndios internos do governo.


O novo governo busca o equilíbrio administrando três fatores fundamentais. O primeiro, é o "Conhece-te a ti mesmo", já que é um governo com muita gente que ainda se cruza nos corredores e não se conhecem. O segundo fator, é administrar a pressão política que vem no pacote da eleição e com muita competência, cria linhas de confrontos e desgastes para o pessoal mais técnico que está no controle da máquina de governo. Esse controle se chama blindagem. E o terceiro fator, é o de manter a máquina funcionando sem cair no discurso fácil de que tudo está em ruínas. O eleitor não quer saber da situação financeira, o eleitor que

ver as melhorias prometidas e fim de papo. O discurso da terra arrasada faz algum sucesso na bolha e nos aspones de plantão.


Continuando nas comparações no formato de enfrentamento das tais heranças malditas, se vê diferença entre os personagens protagonistas na administração dos incêndios esperados no dia das posses. Heliomar Franco optou por figuras com notável saber e de muita discrição nas áreas mais importantes para o funcionamento do governo. Raramente se vê esses personagens mais técnicos nas centenas de mídias produzidas pelas assessorias dos gabinetes do prefeito e da vice-prefeita. Eles e elas são arredios e buscam se manter a distância dos paparazzis oficiais que cercam e propagam com muita competência, qualquer movimento de alguns personagens mais midiáticos do governo. As capas pretas, estão sendo

a diferença no governo Heliomar Franco. Em sua maioria, são figuras resolvidas e com histórico de feitos e não de efeitos mediáticos.


As principais diferenças são bem visíveis e estão nas ruas e no dia a dia de governos que em tese seriam parecidos e na prática, estão se mostrando muito diferentes. Na cidade vizinha de Novo Hamburgo, se fez uma opção por uma política hard (dura difícil) de ajuste fiscal

pleno, enquanto aqui em São Leopoldo, se fez a opção por ajuste fiscal consistente, mas, com concessões necessárias para a sobrevivência política da gestão.


Heliomar Franco, está sendo até então um aprendiz de feiticeiro muito dedicado às aulas de sobrevivência na selva chamada política leopoldense. Se conseguir controlar as hienas de plantão, nem uma dúvida que terá uma vida longa e promissora na sua carreira política. Sua condução neste complexo e minado começo de gestão tem sido a possível e a adequada. Essa linha de ação tem prazo de validade, mas sem dúvida é a mais adequada para o que ele tem no momento. A sobrevivência política e administrativa, foi o grande feito desses 100 primeiros dias de governo.


Da redação do www.startcomunicacaosl.com.br/ Por Bado Jacoby

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