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Foto do escritorAndressa Deuner

Mulheres eleitas deverão aumentar este ano


Reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, na Câmara Federal, em 2019 | Imagem: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados

No mesmo ano em que completaram-se 90 anos do voto feminino, a presença das mulheres na política ainda representa um desafio. Para ampliar essa participação, a eleição deste ano trará um diferencial importante em relação a esse assunto. Pela reforma eleitoral, aprovada no ano passado, a contagem será em dobro dos votos dados a candidatas para a Câmara dos Deputados, nas eleições de 2022 a 2030, para a distribuição dos recursos dos fundos partidário e do eleitoral. A mesma regra vale para candidaturas de negros.


À frente da presidência nacional do PSDB Mulher, a ex-governadora gaúcha Yeda Crusius considera essa mudança muito relevante, uma vez que trata de estímulo financeiro. “Quando envolve dinheiro, os homens prestam mais atenção”, afirmou ela. Como consequência, Yeda ressalta que os partidos vão se focar mais em fortalecer e apresentar candidaturas federais de mulheres, que é o que contará na distribuição de recursos aos partidos. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018, o número de mulheres eleitas cresceu mais de 50% em relação a 2014. Para a Câmara dos Deputados, foram eleitas 77 parlamentares, um aumento de 51% em relação a 2014, quando foram escolhidas 51 mulheres para a casa. No caso da bancada gaúcha, foram eleitas três mulheres - Fernanda Melchionna (PSol), Liziane Bayer (PSB) e Maria do Rosário (PT).


Na mesma linha que a tucana, a presidente estadual do MDB Mulher, deputada estadual Patrícia Alba, projeta aumento na representatividade feminina na eleição de outubro por meio de candidaturas competitivas. “É um processo. Não vai ser de um dia para outro”, avaliou, enaltecendo a importância das mudanças legislativas para garantir essa inserção das mulheres na política. “Temos diferenças (mulheres e homens) e elas nos completam. E é por isso que teríamos que ter nos legislativos metade de homens e de mulheres, que é uma representação real da sociedade”, afirma.


Neste caminho, a secretária estadual de Mulheres do PT-RS, Vitalina Gonçalves, ressalta que as alterações na legislação são importantes para que no atual contexto garanta espaços efetivos das mulheres, assim como ocorreu na eleição de 2020, quando houve um aumento das vereadoras eleitas. Ao mesmo tempo, ressalta que são fruto de intensas lutas. “É um instrumento. Temos a perspectiva de que haverá um aumento das eleitas”, projeta.


Desafios internos a serem superados

Além das mudanças externas, elas ressaltam que ainda há desafios a serem vencidos internamente nas siglas. Yeda Crusius aponta que essa presença tem que ocorrer em cargos chaves, e cita a tesouraria, que faz as mulheres “sentarem na mesa de negociação” dos partidos.


Patrícia Alba acrescenta, por exemplo, que as mulheres ainda têm o desafio de conseguir ocupar posições de destaques dentro dos partidos. Vitalina compartilha do pensamento e acrescenta que o seu partido, por exemplo, adotou paridade na composição da direção. No MDB, há um número mínimo de 30% dos cargos. O PSDB fez adequação ao seu estatuto, inserindo renovações, como estabelecendo normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher, entre outros.


Fonte: Correio do Povo

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