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Muitos planetas vão estar no céu do verão 2025

Vênus, Saturno, Júpiter e Marte, nesta ordem, estarão visíveis a partir do oeste seguindo a linha da eclíptica (projeção no céu da órbita terrestre em torno do Sol) até a direção nordeste durante as noites deste verão, juntando-se ao notável elenco de estrelas brilhantes e constelações que tradicionalmente ornamentam o céu da estação mais quente do ano, constituindo um quadro espetacular para ser conferido a olho-nu, no litoral, na serra, na capital gaúcha e região metropolitana, e também no interior do estado.


Durante o escurecer, deve-se procurar por Vênus e Saturno mais ou menos 45 graus acima do horizonte oeste, Júpiter mais ou menos a 30 graus de altura na direção norte, e Marte baixo na direção nordeste. A grosso modo, um grau equivale ao dobro do diâmetro aparente do Sol ou da Lua.


Os destaques do período vão para a máxima elongação solar vespertina de Vênus, dia 10 de Janeiro, a oposição de Marte ao Sol dia 15, Júpiter brilhando na constelação de Taurus (Touro), e ainda para o mais discreto Saturno, com seus anéis aparecendo quase de perfil, uma circunstância que só se repete a cada quinze anos.


Confira abaixo os detalhes dos principais eventos


03 de janeiro

Vênus, terceiro astro mais brilhante do céu (só perde para o Sol e para a Lua) brilha perto do nosso satélite natural (18.5% iluminado, na fase crescente) durante o escurecer e as primeiras horas da noite. Visto desde Porto Alegre, às 20h30min, horário de Brasília, Venus irá distar 3.3 graus da Lua, com magnitude -4.4 (na escala de brilho usada pelos astrônomos,

números negativos indicam intensidades maiores). O par de astros estará visível na direção oeste a 23 graus de altura sobre a linha do horizonte, próximo ao final do crepúsculo náutico (instante em que o centro do disco do Sol está a 12 graus abaixo do horizonte).


04 de janeiro

Saturno, planeta dos anéis, faz conjunção com a Lua 28% iluminada, também ao anoitecer, distando 3.7 graus dela. Às 20h30min, eles vão estar a 30.6 graus de elevação, um pouco à direita do ponto cardeal oeste. (Imagem 0724b.jpg)


13 e 14 de janeiro

Nesta noite, a Lua Cheia está próxima de Marte, o planeta vermelho, que reluz com magnitude -1.4 entre o nordeste e o leste-nordeste. Às 20h30min a separação angular entre os dois corpos celestes será de 2.1 graus, mas à 01h00min, já na madrugada do dia 14, ela haverá diminuído para apenas 1 grau (59 minutos de arco, mais precisamente)! Duas estrelas brilhantes também vão chamar a atenção nas proximidades: Castor e Pollux, da constelação de Gemini (Gêmeos).


15 de janeiro

Nesta noite, Marte está em oposição ao Sol. Significa que, conforme vistos da Terra, Sol e Marte estão situados em direções opostas na esfera celeste. A oposição assinala o período de maior proximidade ao nosso planeta, e portanto a época mais favorável para a visualização.


Marte dista 96.3 milhões de quilômetros da Terra, e vai aparecer praticamente alinhado com as já mencionadas estrelas Castor e Pollux, na constelação de Gêmeos, ostentando um diâmetro aparente de 14.5 segundos de arco. Não se trata de uma das oposições mais favoráveis do planeta, mas ainda assim ele estará bastante notável. Às 20h30min, se observado na capital gaúcha, Marte vai estar baixo, 8.8 graus acima da linha do horizonte, entre as direções nordeste e leste-nordeste, mas com o progresso da noite, ele ganha altura.


JÚPITER


Durante todo o verão, o maior planeta do sistema solar vai estar situado entre as estrelas da constelação de Taurus (Touro), abaixo de Aldebaran, a sua estrela mais brilhante, e nas proximidades de dois aglomerados de estrelas famosos, conhecidos como as Hyades e as Plêiades. Com cor amarelo gema e magnitude -2.7, às 20h30min de 15 de Janeiro pode-se localizá-lo na direção norte-nordeste, a 36.7 graus de elevação.


18 de janeiro

Nesta noite, os planetas Vênus e Saturno estarão em conjunção, isto é, aparentemente próximos um ao outro no céu. Às 20h30min mire na direção oeste, 18.5 graus acima da linha do horizonte, na constelação de Aquarius (Aquário). A separação entre os dois astros será de 2.2 graus. Vênus brilha com magnitude -4.5. Já o brilho amarelo desbotado bem mais discreto de Saturno, magnitude +1.2, deve-se ao fato de seus anéis estarem visíveis quase de perfil, como já ressaltamos (em março, eles só poderão ser observados com telescópios muito poderosos).


01 de fevereiro

Ao anoitecer deste dia, a Lua crescente 15% iluminada estará localizada a apenas 1.2 graus do planeta Vênus, na constelação de Pisces (Peixes), na direção oeste, 11.4 graus acima do horizonte às 20h30min. Olhando 11.4 graus mais à esquerda do par Lua-Vênus, ainda será possível distinguir o planeta Saturno, a 8.3 graus de elevação, situado na constelação de Aquário, quase na fronteira com a constelação de Peixes.


Aqueles que observarem Vênus com a ajuda de um binóculo poderão enxergar uma estrela fraca bem próxima a ele. Trata-se de 21 Piscium, um astro de sexta magnitude que estará distanciado de apenas 9.3 minutos de arco do planeta. Para a sua visualização, recomenda-se aguardar até que o céu esteja bastante escuro.


O mesmo conselho é válido para ver Netuno, oitavo planeta em ordem de afastamento do Sol, que se apresenta com magnitude 7.9 a 2.2 graus mais acima e à esquerda da Lua crescente.


FONTE: Prof. Luiz Augusto L. da Silva/ www.redeomegacentauri.org



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