Os integrantes do Gabinete de Crise formado pelo Executivo gaúcho para tratar de assuntos relacionados ao coronavírus manifestaram preocupação com a entrada das subvariantes “BQ.1” e “BE.9” do coronavírus no Estado, ambas mais transmissíveis. Em reunião nesta quarta-feira (23) com o governador Ranolfo Vieira Júnior, foram definidas ações como a ampliação do monitoramento dos casos.
Não foi considerada necessária a emissão de avisos ou alertas, ao menos por enquanto. Dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES) apontam que o acumulado de testes positivos em sete dias triplicou no Rio Grande do Sul, passando de pouco mais de mil no início deste mês para os atuais 4,6 mil.
Já as internações clínicas subiram de 78 para 181. Especificamente no que se refere às unidades de terapia intensiva (UTIs), a alta de internações foi menor, passando de 20 para 36 casos. Já as mortes causadas pela covid não apresentam elevação significativa.
As recomendações das autoridades sanitárias abrangem a atualização do esquema vacinal (incluindo as duas doses de reforço) e a manutenção de protocolos como uso de máscara em caso de sintomas gripais e aplicação de álcool-gel para higienização das mãos, dentre outros.
Em razão das novas subvariantes e do aumento de casos no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu pela obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aviões. O governo do RS, por meio da SES, emitirá uma nota técnica sobre o assunto.
Com a palavra…
“Vamos continuar divulgando a necessidade de se estar com o ciclo de imunização completo para combater a covid. Essa é a principal medida para reduzir as contaminações e efeitos da pandemia”, ressaltou a secretária-adjunta da Secretaria Estadual da Saúde, Ana Costa.
“O momento é de atenção, visto que os casos confirmados triplicaram e os internados em leitos clínicos devido à covid mais do que dobraram no último mêsa”, salientou o diretor do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), Pedro Zuanazzi.
Ele acrescenta ainda que “não foram emitidos avisos porque os números ainda se mostram aquém de outros momentos da pandemia. Se replicarmos as taxas de internações de outros países que tiveram a incidência da ‘BQ.1’, não veremos picos semelhantes ao que tivemos em 2020 e no ano passado. Mas manteremos o monitoramento caso a perspectiva se altere”.
Fonte: O Sul
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