Menina de 2 anos vai parar no hospital após grudar olho com cola e não consegue atendimento
- Andressa Deuner
- 21 de jun. de 2022
- 2 min de leitura

Uma menina de 2 anos foi parar no hospital após grudar o olho com cola, em Ceilândia, no Distrito Federal. A madrinha da criança, Lia Lucena, de 54 anos, contou que a menina pegou o tubo da cola de cima da mesa. Em seguida, ela tentou se limpar e acabou passando o produto no rosto, grudando o olho.
"Já colou o olho direito de imediato. Os dedos das mãos também ficaram todos grudados. Foi algo muito rápido", conta Lia. O caso ocorreu na última quinta-feira (16), enquanto a criança brincava em casa.
Após o acidente doméstico, a mulher conta que levou a criança para hospitais públicos. No entanto, até ontem (20), ela não havia conseguido atendimento para resolver o problema da menina.
Desespero
Lia disse que assim que viu situação da menina, na tarde de quinta, entrou em contato com Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
"Foi um desespero muito grande. Nos informaram que esse tipo de ocorrência só era atendido no Hospital de Base". Em seguida, a criança foi levada para a unidade de saúde. No entanto, a médica informou que "não tinha o que fazer".
"A orientação foi que a gente passasse refrigerante nos olhos e nas mãos dela e fizesse compressa com água morna. Passamos o produto nas mãos e os dedos descolaram, mas a gente não ia aplicar nos olhos. Não íamos arriscar causar um problema maior", contou Lia.
Na sexta-feira (17), elas procuraram o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), porém o médico disse que estavam em esquema de plantão e que não poderia fazer nenhuma cirurgia, se fosse preciso. Ele entregou um encaminhamento para o Hospital de Base, novamente, mas o médico que as atendeu se recusou a fazer qualquer tipo de cirurgia. Então receitou uma pomada para tirar a cola.
Ainda sem atendimento
A madrinha contou que no sábado (18), a menina acordou com o olho inchado e vermelho.
"Fomos para um hospital particular com medo de uma infecção. O pediatra passou um antibiótico e também disse que não poderia fazer nada".
Na manhã desta segunda (20), a família procurou atendimento novamente no Hospital de Base. "Uma moça sugeriu amarrar a criança para cortar os cílios. Disse que não tinha sala desocupada para cirurgia, porque ela precisa ficar sedada", afirmou.
"Como vamos permitir amarrar a criança? E se fura o olho dela? Até onde vimos, a cola está dura nos cílios, parece ser um procedimento simples, mas estamos com medo e aguardando as próximas orientações. Estamos à mercê. É muito descaso e despreparo desse pessoal", diz Lia indignada.
Fonte: G1
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