O MBL (Movimento Brasil Livre) e o VPR (Vem Pra Rua) marcaram para 12 de setembro um protesto nacional pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. A convocação tem o apoio de políticos da direita não bolsonarista, sobretudo do Novo e PSL. Os atos estão previstos para São Paulo, Brasília, Rio e Belo Horizonte.
Protagonistas no impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, os grupos vinham evitando organizar manifestações em meio à pandemia, mas as acusações de corrupção em compras de vacinas contra a Covid-19 agravaram a crise política e levaram os grupos a ampliar a pressão nas ruas.
De qualquer forma, o calendário de vacinação foi levado em conta para a escolha da data. Em São Paulo, por exemplo, a previsão do governo é de vacinar todos os adultos até 15 de setembro.
Movimentos e partidos de esquerda vêm organizando protestos nacionais pelo impeachment desde maio —foram três edições até agora. Mas MBL e VPR não aderiram às manifestações encabeçadas pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro.
Parte dos opositores de Bolsonaro, como o diretório do PSDB da capital paulista; o presidente do Cidadania, Roberto Freire; o presidente do PSL-SP, Junior Bozzella; e o Livres apoiam as convocações tanto da esquerda como da direita —estiveram nos atos do último sábado (3) e prometem comparecer no dia 12 de setembro.
Em comunicado à imprensa, o MBL destacou que os atos pelo impeachment serão suprapartidários e que todo o campo democrático é bem-vindo, mas com a ressalva de que a manifestação não deverá servir para exaltar candidaturas presidenciais.
A convocação foi anunciada em entrevista à imprensa nesta semana, com a presença dos deputados federais Kim Kataguiri (DEM-SP), Junior Bozella (PSL-SP) e André Janones (Avante-MG), dos deputados estaduais Arthur do Val (Patriota-SP) e Heni Ozi Cukier (Novo-SP) e do vereador Rubinho Nunes (PSL-SP).
Em sua fala, Arthur do Val, o youtuber Mamãe Falei, afirmou que eleitores de Bolsonaro arrependidos serão respeitados na manifestação. Bozzella afirmou que o governo Bolsonaro é autoritário e que a população está arrependida de o ter elegido.
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