Uma nova droga sintética, que imita efeitos alucinógenos da maconha e também do LSD, está à venda na Região Metropolitana de Porto Alegre. A comprovação veio por meio de testes feitos pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). A substância, chamada ADB-4en-PINACA, é comercializada em fragmentos de papel (conhecidos como selos ou micropontos) e foi detectada em apreensões da Polícia Civil.
A ADB-4en-PINACA faz parte do grupo que os especialistas chamam de nova substância psicoativa (NSP). São moléculas criadas para imitar os efeitos de drogas controladas, como Cannabis sativa (maconha) e LSD, mas com o objetivo de evitar restrições legais.
A identificação foi feita no laboratório da Divisão de Química Forense, utilizando técnicas avançadas de análise, como cromatografia gasosa e espectrometria de massas.
O IGP fez parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) para realizar a análise, confirmada com a técnica de espectrometria de massas de alta resolução. Embora a substância não esteja nominalmente na lista de substâncias proibidas pela Anvisa, sua estrutura química a classifica como canabinoide sintético, proibido pela Portaria 344/1998.
Canabinoides sintéticos, conhecidos como “drogas K”, são frequentemente mais potentes e têm variados efeitos e toxicidades. A descoberta foi notificada à Anvisa e comunicada às delegacias especializadas das polícias Civil e Federal. A ideia é reforçar a importância de identificar novas drogas rapidamente, para aprimorar as estratégias de investigação e segurança pública.
Recentemente, em 26 de outubro, policiais civis do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) localizaram em Campo Bom um laboratório de drogas sintéticas, a maioria delas consumida em festa de música eletrônica. Numa residência, um jovem entregava pequenos frascos aos motoristas dos carros que iam até lá. Eram drogas químicas inalantes. Uma das suspeitas é que ele também comercializasse drogas K.
Suspeitas podem ser comunicadas ao Dique Denúncia do Denarc, pelo fone 0800-0518518.
Fonte: GZH
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