A inflação em Porto Alegre e na Região Metropolitana teve alta de 0,16% em outubro, demonstra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8).
Embora indique desaceleração dos preços – em setembro o índice foi de 0,39% – o resultado de outubro marca o quarto mês consecutivo de elevação, desde a queda de 0,14% registrada em junho.
Entre as 16 regiões metropolitanas do país pesquisadas pelo IPCA, o índice de Porto Alegre foi o segundo menor, estando acima somente do de Aracaju (0,11%) .
No acumulado do ano, a inflação na Região Metropolitana da Capital chega a 3,02%, a menor das regiões pesquisadas no país – a média nacional é de 3,88%. Nos 12 meses até outubro, a alta local acumula 3,81%, sendo maior do que as de Recife (3,48%), Aracaju (3,77%) e Curitiba (3,78%), mas abaixo do índice do país, que soma 4,76% no período.
Das nove categorias destacadas pelo IPCA, sete tiveram variação positiva na Grande Porto Alegre, com a Habitação registrando a maior alta do período, de 1,26%. Dentro deste grupo, se destaca a energia elétrica residencial, que subiu 3,18% no período.
"No caso da energia elétrica, um fator que acabou pesando para esse resultado foi a mudança da bandeira tarifária, a gente saiu daquele vermelho a patamar 1 para patamar 2. Esse tipo de medida é adotada para desincentivar o consumo, sobretudo em momentos de baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas. Em termos de perspectiva, em novembro teremos a volta da bandeira amarela, o que deve trazer uma queda neste item", comenta o economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, Oscar Frank.
Depois da Habitação, as maiores altas na inflação deste mês ficaram por conta de despesas Pessoais (0,63%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,62%), Comunicação (0,42%), Artigos de Residência (0,36%), Alimentação e Bebidas (0,16%) e Educação (0,08%).
Em razão da elevação das temperaturas e da proximidade com o verão, o ar-condicionado foi o artigo de residência que registrou maior crescimento de preços em outubro, de 5,39%. Em alimentação e bebidas, as carnes tiveram alta de 1,05% e registram o quarto mês seguido de inflação, após julho (0,07%), agosto (0,37%) e setembro (0,50%).
As quedas de preços do mês foram registradas nas categorias Vestuário (-0,21%) e Transportes (-1,11%). Dentro desta categoria, o item que registrou a maior redução no período foram as passagens aéreas (-17,16%), seguido por transporte público (-8,08) e ônibus urbano (-6,25%).
"No caso das passagens aéreas, Porto Alegre ficou no menor patamar em todo o país, o que é uma evidência de que a reabertura do Salgado Filho, mesmo que no dia 21, contribuiu, e possivelmente a gente ainda observe esse impacto no indicador de novembro. Essa queda no índice das passagens aéreas contribuiu para que os Transportes (-1,11%) ficassem bem abaixo da média nacional (-0,38%), e junto com Alimentos e Bebidas, que em Porto Alegre (0,16%) também ficou abaixo da média nacional, de 1,06%, contribuiu para que o resultado na Capital fosse o segundo mais baixo do país", complementa Frank.
Fonte: GZH
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