Os 200 anos de história do município e da chegada dos imigrantes a São Leopoldo vão compor os debates do Congresso do Bicentenário, que acontece desta segunda-feira (25) e segue até a quarta-feira (27), no Auditório do Prédio H, nas Faculdades EST. A abertura oficial da programação foi realizada na manhã dessa segunda, reunindo autoridades de diversos segmentos do governo e sociedade civil.
O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, fez sua saudação agradecendo a presença dos participantes e painelistas. “Temos um desafio muito grande em 2024, quando a cidade completa 200 anos e a chegada dos imigrantes alemães. Nós temos orgulho desta história, deste legado e isto nos leva a fazer reflexões profundas sobre o que teremos que fazer daqui para a frente do ponto de vista estrutural, cultural, do ponto de vista da humanidade, de cuidar da vida, de cuidar das pessoas”, ressaltou.
Para Vanazzi, um dos principais desafios é fortalecer a democracia e construir uma cidade integradora. “São as relações democráticas que nos permitem conviver com as divergências e construir sínteses que nos elevam para outro patamar humanitário”, frisou ao destacar que desta forma se constrói uma cidade culturalmente diversa, onde as pessoas se entendem e se compreendem, uma cidade que cresce e evoluiu dentro dos patamares modernos.
O prefeito Vanazzi ressaltou ainda o caráter acolhedor da cidade, que recebeu aqui os primeiros alemães e segue acolhendo migrantes de vários países que são tratados com respeito aos seus direitos. “Queremos que efetivamente a cidade seja uma cidade de todos, que possa viver plenamente o sentido da vida, o sentido do amor, da fraternidade e do carinho entre nós, assim será uma grande cidade econômica, cultural e historicamente”, projetou.
O secretário municipal de Cultura e Relações Internacionais (Secult) e coordenador do Comitê Municipal do Bicentenário, Marcel Frison, agradeceu a parceria das Faculdades EST para realização do Congresso e destacou a participação do neurocientista, referência internacional, Miguel Nicolelis. “Temos a missão de conseguir neste processo o que a gente se propôs lá em 2023, que é fazer um congresso que vai discutir o passado, a nossa rica história desses 200 anos da imigração alemã, da história de São Leopoldo, e também vai discutir e aprofundar questões de futuro”, enfatizou Frison ao projetar a importância dos temas que vão compor o congresso.
O diretor-geral das Faculdades EST, Valério Schaper, falou sobre o propósito que move este Congresso do Bicentenário. “A Faculdades EST está muito honrada de fazer parte desta jornada criativa. Que esse congresso possa não apenas refletir sobre o passado como ele foi, mas todos potenciais futuros que se desenham para os próximos 200 anos”, disse.
A solenidade contou ainda com os pronunciamentos do secretário do Meio Ambiente, Anderson Etter, do secretário-geral de Governo, Nelson Spolaor, da presidente da Câmara de Vereadores, vereadora Iara Cardoso, e do professor-doutor em História, Martin Dreher, que contextualizou a história dos imigrantes alemães que se fixaram em São Leopoldo e a sua contribuição, especialmente com a agricultura familiar.
Etter falou sobre os desafios para projeção do futuro principalmente no que se refere à preservação ambiental, às mudanças climáticas e o aquecimento global. Já o secretário Spolaor ressaltou a importância de refletir passado, presente e futuro, a partir da construção dos antepassados, com olhar para os povos que estão aqui, e a projeção de um futuro com partilha constituindo uma cidade para todos.
Entre os participantes estavam a presidente da Rota Romântica, Terezinha Marina Kuhn Haas; o presidente da Rota Romântica da Alemanha, Jürgen Wünschenmeyer, o presidente da Associação Rio-grandense de Imprensa (ARI), José Nunes.
Linha do Tempo
Montada em frente ao prédio H, uma sequência de dez painéis traz uma síntese de fatos históricos dos 200 anos do município. O trabalho foi realizado com contribuição do secretário Marcel Frison e historiadores.
Fonte: PMSL
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