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Foto do escritorAndressa Deuner

Giorgia Meloni, líder da extrema direita, tem vitória histórica na Itália


Pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, um partido neofascista vai governar a Itália | Imagem: Andreas SOLARO/AFP

A líder pós-fascista Giorgia Meloni, cujo partido Irmãos da Itália (Fratelli d'Italia) conquistou uma grande vitória nas eleições legislativas de domingo (25), reivindicou o papel como futura chefe de Governo e prometeu trabalhar para todos os italianos.


No primeiro discurso após o triunfo histórico, a líder do Fratelli d'Italia celebrou o resultado sem precedentes obtido e tentou tranquilizar os eleitores que não votaram em seu partido.


"Não somos um ponto de chegada, e sim de partida (...) A Itália nos escolheu e não vamos traí-la (...) governaremos para todos", disse.


A extrema direita conquistou no domingo (25) a terceira maior economia da União Europeia (UE), que pela primeira vez desde 1945 será governada por um líder pós-fascista. A formação de Meloni se consolidou como a maior força do país, passando de modestos 4,3% obtidos há quatro anos para cerca de 25%, um resultado sem precedentes, de acordo com os resultados de boca de urna.


O partido pós-fascista supera com folga os aliados da extrema direita da Liga de Matteo Salvini (8,5-12,5%) e do Força Itália (6-8%) do magnata conservador Silvio Berlusconi.


Pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, um partido neofascista vai governar a Itália, graças ao fato de ter se apresentado com uma coalizão de direita que obteve no total entre 36,5% e 46,5% dos votos — ainda em apuração.


O Partido Democrático (PD), principal formação de esquerda, não conseguiu mobilizar o eleitorado para frear o avanço da extrema direita, e precisou se conformar com uma cifra que oscila entre 17% e 21%.


O antissistema do Movimento 5 Estrelas (M5E) obteve entre 13,5% e 17,5% dos votos, abaixo da marca histórica de mais de 30% alcançada em 2018, porém acima do que apontavam as pesquisas de opinião.


A ascensão vertiginosa de Giorgia Meloni se deve em grande parte ao fato de ela ter sido a única que se opôs ao governo do economista Mario Draghi por 18 meses, o que a favoreceu em recolher o descontentamento dos italianos diante da inflação, guerra e restrições durante a pandemia.


Fundada no fim de 2012 com ex-apoiadores de Berlusconi e figuras da direita neofascista, a formação superou o Partido Democrático (PD), de Enrico Letta, que estabeleceu apenas uma aliança com um pequeno setor da esquerda ambientalista.


A líder pós-fascista, 45 anos, admiradora durante sua juventude de Benito Mussolini e conhecida por sua linguagem direta e eficaz desde seus anos como líder estudantil em Roma, também pode se tornar a primeira mulher a assumir o posto de chefe de Governo na Itália.


Fonte: GZH

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