Fechado desde maio por conta da enchente história de maio atingiu São Leopoldo, onde parte do acervo foi afetada pelas águas, o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo foi reaberto neste dia 25 de julho de 2024 – data que marca os 200 anos da Imigração Alemã no Brasil. A cidade é o Berço da Colonização no país, onde chegaram os primeiros 39 imigrantes em 1824. O título é reconhecido através da Lei Federal 12.394/2011, assinada pela então presidente da República, Dilma Rousseff.
A festa reuniu voluntários, frequentadores e autoridades de todo o Estado. Diante da comunidade, o prefeito Ary Vanazzi garantiu que o museu irá se reerguer inspirado na perseverança do povo germânico. "Tínhamos sonhado um 25 de julho como um momento memorável, articulado por mais de dois anos com muito carinho e dedicação. No entanto, recebemos sinais. Primeiro a Covid, nos reerguemos. Recentemente, a cheia. Que esses sinais nos façam refletir sobre o futuro que queremos. O que nos motiva a não desistir dos sonhos está calcado na experiência dos alemães que chegaram aqui com muita fé e esperança para construir a cidade com os povos que aqui estavam", salientou.
O presidente da Comissão Especial do Bicentenário do governo do RS, Rafael Gessinger, afirmou que o país tem São Leopoldo como o grande farol da imigração. "Aqui é o berço da Imigração Alemã no Brasil, todos que moram aqui devem assumir essa responsabilidade, a cidade é a irmã mais velha das demais. A memória deve ser sempre preservada", ressaltou.
Participaram do ato o presidente do Museu, Cássio Tagliari, a diretora de Relações Institucionais, Ingrid Marxen, e o cônsul-geral da Alemanha Marc Bogdahn.
Programação
Para marcar a data, a Igreja do Relógio, de Confissão Luterana, também realizou um culto especial dedicado ao evento com a participação da Pastora Silvia Bratrice Genz.
Em seguida, junto com a reinauguração do museu, ocorreu a chegada da 4ª Cavalgada da Imigração, que partiu da Lomba Grande até a avenida Dom João Becker.
Sobre o museu
Fundado em 20 de setembro de 1959, o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo tem como objetivo salvar do esquecimento, da perda e da destruição, objetos, livros, cartas, jornais, documentos e outros elementos que se referiam à história da imigração e colonização alemãs na região que formava a então Colônia de São Leopoldo, que atualmente abrange os municípios dos Vales do Sinos e Caí. A maior parte dos itens foram salvos dos estragos da enchente, incluindo uma Bíblia de 1765.
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