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Foto do escritorAndressa Deuner

Fepam emite licenças para instalação de usina termelétrica em Rio Grande


Obra que deve iniciar ainda neste ano irá gerar até 5 mil empregos, sendo a maior parte durante a construção da usina | Imagem: Reprodução

Duas licenças emitidas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para a usina termelétrica a gás natural em Rio Grande foram entregues nesta terça-feira a representantes do Grupo Cobra da Espanha, em cerimônia no Palácio Piratini. A primeira é prévia, voltada à produção de gases industriais pela Regas Brasil Sul S/A. O documento é autorização da área proposta para a futura implantação de uma Estação Onshore de Recebimento, Armazenamento e Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) no Superporto.


A segunda é a licença de instalação para a usina a gás natural ao empreendedor Termelétrica de Rio Grande. O documento autoriza o início das obras de implantação da termelétrica, com capacidade de 1280 megawatts. O evento de entrega teve a presença do governador Eduardo Leite, do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, do secretário adjunto de Infraestrutura e Meio Ambiente, Guilherme Souza, do secretário de Desenvolvimento Econômico, Edson Brum, da presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann, do superintendente da Portos RS, Fernando Estima, e do CEO do Grupo Cobra América Latina, Jaime Llopis.


O empreendimento está estimado em R$ 6 bilhões.


“Em termos de futuro, é um marco dentro do entendimento do quanto é importante ter indústrias para trazer riqueza. Gerando emprego, estamos trazendo dignidade às famílias e capacidade financeira para o município atuar em áreas estratégicas”, afirma o prefeito de Rio Grande, Fábio Branco.


A previsão é de que a obra inicie-se ainda neste ano e que as operações comerciais da empresa comecem em 2024. Devem ser gerados até 5 mil postos de trabalho, sendo a maior parte durante a construção da usina. “Após a fase de construção, eu diria que a grande contribuição que um projeto destas características vai ter na geração de emprego não será tanto nas próprias infraestruturas, mas no impacto de novos investimentos industriais na área do porto e também em cidades próximas”, disse o CEO Jaime Llopis.


A construção da usina irá ter impacto na arrecadação de ICMS para o Rio Grande do Sul. O secretário de Fazenda de Rio Grande, Cristian Küster, projeta que o Estado deve arrecadar R$ 1 bilhão por ano com o empreendimento e os serviços de geração e transmissão de energia no tributo. “Dentro desta conta, Rio Grande poderá arrecadar R$ 280 milhões por ano”, projeta.


A UTE é um projeto de alta complexidade. Após a emissão das licenças, terá início a etapa para obtenção com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) da aprovação da transferência formal da operação, que anteriormente pertencia ao grupo paulista Bolognesi, que teve a outorga revogada, para o Grupo Cobra.


Fonte: Correio do Povo

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