O jornalista e escritor Felipe Kuhn Braun e o historiador e escritor Sandro Blume estão publicando sua terceira obra, que aborda o passado de São Sebastião do Cai e sua importância nas colonizações alemã e italiana da região. Intitulado História de São Sebastião do Caí: o antigo Porto dos Guimarães, a obra registra a história do município que se emancipou de São Leopoldo e se tornou a cidade mãe de Portão, Capela de Santana, São José do Hortêncio, Caxias do Sul, Feliz, Bom Princípio e Nova Petrópolis.
A cidade de São Sebastião do Cai foi o berço de empresas importantes no Rio Grande do Sul, como as de Frederico Mentz em Porto Alegre, as de A.J.Renner e a Cervejaria Ritter, Bopp & Sassen, que depois se tornou a Continental e a conhecida empresa de conservas Oderich, cuja sede permanece no Caí.
Na obra, os escritores publicam sobre o importante porto da cidade, onde muitos imigrantes italianos desembarcavam para subir a Serra. Caí era um entreposto comercial entre Porto Alegre e a Serra Gaúcha. Braun e Blume também destacam a urbanização da cidade, impulsionada pela demanda gerada através da navegação fluvial do porto, que funcionava como ligação entre a rota terrestre que subia as encostas da serra em direção às colônias teuto-italianas e a rota fluvial que partia dos portos de São Sebastião do Caí e descia em direção aos cais de Porto Alegre.
Braun e Blume também descrevem o histórico de desenvolvimento das comunidades interioranas na época, as comunidades religiosas e o trabalho em conjunto dos imigrantes e seus descendentes, que resultou em diversas obras importantes para o Rio Grande do Sul, a Sociedade União Popular e a fundação da primeira cooperativa de crédito da América Latina, a Spaarkasse em Linha Imperial (Nova Petrópolis), na época distrito de São Sebastião do Caí.
Guilbert Trendt, da Redação Start com colaboração do jornalista Felipe Kuhn Braun
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