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Facções do RS e de SP movimentaram R$ 348 milhões em um ano


Operação Pegasus aconteceu nesta quarta-feira (22) | Imagem: Divulgação/PC

A Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão aos Crimes de Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), deflagrou nesta quarta-feira (22), a Operação Pegasus, em 10 Estados Brasileiros. A ação tem o objetivo de reprimir delitos de lavagem de capitais e de organização criminosa oriundos do narcotráfico gaúcho e seus associados distribuidores estaduais e nacionais. A investigação iniciou a partir de apreensões de fuzis e cocaína no bairro Cascata, em Porto Alegre, junto a facções regionais.


Segundo o delegado Adriano Nonnenmacher, no decorrer da investigação e no dia de hoje, foram solicitados e cumpridas 502 medidas cautelares, dentre quebras de sigilos bancários, fiscais, financeiros, mandados de busca, prisões, indisponibilidade de bens móveis, imóveis e ativos financeiros/mobiliários na bolsa de valores e em criptomoedas. No dia de hoje estão sendo cumpridas também 21 prisões, dentre preventivas e temporárias, e 63 mandados de busca, em um total de 58 investigados.


Cerca de 400 policias civis estão trabalhando na operação que acontecem nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Rondônia e Amazonas.

Investigação

A investigação, que durou um ano, apurou que duas facções gaúchas, com lideranças na zona leste da Capital e da grande Porto Alegre, estão em associação a uma grande facção paulista, para a distribuição maciça de cocaína e maconha em solo gaúcho, bem como integrando uma rede nacional de lavagem de dinheiro do narcotráfico interestadual e a respectiva distribuição de lucros.


A investigação apontou a existência de células interligadas nestes 10 Estados (e outros sob investigação), todas ligadas a um pólo de operadores financeiros pessoas físicas e jurídicas no Estado de São Paulo, alvo de mandados e prisões no dia de hoje, com indícios de ligação ao alto escalão. Em um ano, a facção criminosa movimentou quase de R$ 348 milhões.


O modus operandi principal da quadrilha é uma lavagem de capitais sofisticada, não fixando grande patrimônio imobiliário em nome próprio ou de laranjas, nem muitos veículos, mas sim usando o sistema financeiro nacional com centenas de transações bancárias diárias, uso de cheques ao portador para saques em espécie em vários Estados, fronteiras, zonas portuárias, uso de bancos digitais com dezenas de transações diárias em um mesmo CPF ou CNPJ para burlar a fiscalizações administrativas.


Durante a investigação, um grande operador logístico gaúcho e financeiro foi preso com 1,5 tonelada de maconha e R$ 500 mil reais em espécie pela 4ª DIN/Denarc, sendo alvo de nova prisão preventiva no dia de hoje, bem como apreendidos na zona leste da capital, em outra ação, fuzis, munições e cocaína pela 2ª DIN/Denarc.


Suspeita-se que somente este alvo teria movimentado cerca de 8 toneladas de drogas ao estado, através da transportadora de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, também alvo no dia de hoje com bloqueio de bens da pessoa jurídica e prisão de seu sócio.


Segundo o Diretor Geral do Denarc, delegado Carlos Henrique Braga Wendt, foi uma investigação complexa, que comprovou se tratar de uma lavagem de dinheiro sofisticada, com prova de mescla e integralização de capital em empresas, sendo a meta do Departamento focar nas grandes lideranças estaduais, onde mais de R$ 100 milhões já foram indisponibilizados e apreendidos entre 2019 a 2022.


Fonte: PC

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