SÃO PAULO: um dos maiores nomes do rock nacional está sendo homenageado no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. A nova exposição marca os 50 anos de carreira de Rita Lee.
No excêntrico planeta Rita Lee, só se chega de disco voador. E, para cada canto que se olha, cores e sons revelam o universo criativo, corajoso e livre da rainha do rock. “Tem lembrança dos amigos, das festas, dos passeios. Para mim é uma questão de me transportar para o passado e reviver”, disse a comerciante Alice Vendruscolo. A exposição no Museu da Imagem e do Som reúne preciosidades da vida de Rita Lee e dos mais de 50 anos de carreira da artista, que tem 73 anos. Acervo pessoal da cantora, que tem mania de guardar tudo. “Ela é, para nossa sorte, uma capricorniana acumuladora. A gente está vendo o que a Rita usava nos palcos, de verdade, o que a Rita usava na vida, como ela compunha suas músicas e seus instrumentos”, disse Guilherme Samura, diretor artístico da Expo Rita Lee. Tem a bateria que ela ganhou do pai quando era adolescente, o piano que era da mãe, as guitarras usadas nos shows. Nos caderninhos estão as criações de grande músicas como “Cor de rosa” e “Doce vampiro”. Tem também figurinos icônicos, como o usado na capa do disco “Lança-perfume”, em 1980. Um cantinho especial da exposição para Rita marca a transição dela, loira, na época dos Mutantes, para ruiva que a gente conhece até hoje. E essa transformação aconteceu em Londres, no início dos anos 1970. A Rita pintou o cabelo, foi até uma loja, colocou umas botas, experimentou, amou, inclusive as botas são superimportantes para ela até hoje, e de lá saiu para conquistar o mundo.
Coube ao filho, João Lee, mostrar tudo para mãe, que à distância – em tratamento contra um câncer de pulmão, participou de todas as etapas. “Desde pequeno que ouço ela falando que ela queria muito fazer uma exposição, contar muito dessa história em algum momento e a gente está aqui hoje”, disse João Lee. A exposição vai funcionar até 28 de novembro.
Fonte: Portal G1
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