A 47ª Expointer, que ocorrerá de 24 de agosto a 1º de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, vai contar com 3.458 animais de argola – aqueles que vão a julgamento. Esse é quase o mesmo número da edição do ano passado, com uma redução de 0,63%. São ovinos; bovinos de corte, de leite e mistos; zebuínos; bubalinos; equídeos; caprinos; e pequenos animais (coelhos e chinchilas).
“Em função dos eventos meteorológicos de maio, até achamos que a diminuição poderia ser maior. Isso demonstra a confiança dos expositores para a retomada de seus negócios. Será mesmo a feira da reconstrução”, disse o comissário-geral da Expointer, Pablo Charão.
Ele afirmou que houve uma queda de 11% na participação de ovinos. “Por causa das enchentes, mas também devido à participação da espécie na Fenovinos [Feira Nacional de Ovinos] em julho”, explicou. “Porém, teremos uma estreia: a raça Dohne Merino, de dupla aptidão, de lã e carne, com origem na África do Sul”, destacou Charão.
Nos bovinos de corte, haverá o retorno da raça Senepol, cuja última participação ocorreu em 2021. A participação dos zebuínos aumentou 3,77% em relação à última Expointer, com destaque para os animais da raça Nelore. “Dentro dessa raça, este ano, temos uma variação, a Nelore Pelagem, com julgamento em separado (os Nelores Pintados)”, contou o comissário-geral.
Quanto aos bovinos de leite, o destaque fica por conta da raça Jersey, que aumentou em 89,39% o número de inscritos, em comparação a 2023, em função da exposição nacional que eles farão dentro da Expointer.
“Nos equídeos, os Jumentos Pega participam com uma redução de 80%; mas, em compensação, temos uma novidade: a inscrição de quatro mulas, cruzamento de éguas com jumentos”, disse Charão. Nos pequenos animais, nesta edição houve um número maior de coelhos e chinchilas, um acréscimo de 44% em relação a 2023.
Para Charão, a Expointer vem mantendo seus números praticamente estáveis em relação à participação de animais. “Esperamos um excelente evento de retomada para mostrar a força do povo gaúcho.”
Aves e pássaros não participam
Nesta edição, os pássaros e as aves não vão participar. Para a decisão, o Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) levou em consideração as ações de contenção do foco da doença de Newcastle (DNC) em estabelecimento comercial no município de Anta Gorda e a discussão técnica ocorrida no âmbito do Comitê Estadual de Sanidade Avícola.
“Estão sendo aplicadas as medidas de contenção e mitigação, conforme o Plano de Contingência Geral, e parte específica pelo Serviço Veterinário Oficial”, explicou a diretora do Departamento, Rosane Collares.
“Para a realização das atividades, foi mobilizado o Grupo Especial de Atenção a Suspeitas de Enfermidades Emergenciais, grupo de emergência formado para esse tipo de atividade”, disse Rosane.
“Para a coordenação dos trabalhos, foi estabelecido um Centro de Operações localizado no município. Foram estabelecidos os perímetros de perifoco (raio de três quilômetros) e de vigilância (área de três até dez quilômetros) com rotinas de vigilância clínica dos animais suscetíveis (Gallus gallus) existentes. Também foram montadas oito barreiras sanitárias, cinco na área de perifoco e três na área de vigilância, para controle de movimentação e desinfecção de veículos”, afirmou a diretora.
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