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Explo Black chega em sua 17ª edição com evento alusivo ao Dia da Consciência Negra



Imagem: Rodrigo Machado/ PMSL.

A 17ª edição da Explo Black aconteceu neste domingo (19), com um evento alusivo ao Dia da Consciência Negra, celebrado nesta segunda-feira (20). A praça 20 de Setembro, conhecida como Praça da Biblioteca, recebeu bancas dos empreendedores e empreendedoras com produtos de vestuário, acessórios, decoração, cosméticos, alimentação, bebidas, entre outros.

 

Na parte cultural ocorreram as apresentações do Dj Luisinho; grupo de Dança Afro; o Coral Xangô da Mata Virgem; Pagode do Biro; Mari Lima e Banda; Grupo Show da Escola de Samba Império do Sol; Tributo a Tim Maia com Neno Braz e show com Dhema. O artista apresentou sucessos nacionais, como “Volta pra mim”, “Não me diga não”, O sonho não pode acabar”, “Princesa”, entre muitas outras músicas no estilo samba rock e swing.

 

Presente no evento o prefeito Ary Vanazzi falou sobre a importância da Explo Black. “É um evento que reúne cultura e miscigenação com a força e o jeito de São Leopoldo. Os negros estavam na cidade junto com os colonizadores portugueses. Depois ocorreu a chegada dos alemães. Isso é o que nos move, o respeito e a integração entre todas raças e etnias. Aqui é uma terra de oportunidades forjada pelas mãos de várias pessoas. Nosso compromisso é com todas as pessoas da nossa querida São Leopoldo, seja ela de qual descendência for”, apontou.

 

Para a secretária de Direitos Humanos, Nadir de Jesus, o foco do evento é evidenciar o trabalho sustentável e empreendedor na perspectiva étnico-racial. “Estamos aqui mais uma vez na 17ª edição para celebrar o protagonismo do povo negro e de suas habilidades, seja com a arte, o artesanato, a música, a dança ou qualquer outra manifestação criativa. Um momento também de reflexão e combate ao racismo em busca de uma sociedade justa e igualitária. Justamente a luta que começou com Zumbi dos Palmares”, frisou.

 

Oportunidade


Radicada em Campo Bom há 33 anos, Mônica Brito Cunha, de 54 anos, mais conhecida como baiana, levou para a feira iguarias de sua terra natal: o acarajé, o abará, a pamonha e a cocada. Ela contou como esta oportunidade ajuda nas suas vendas. “Minha satisfação é muito grande sou grata à prefeitura em ter aberto esta porta e sentir que não estou sozinha e tem alguém caminhando junto com nós”, disse. Ela também falou sobre a melhor maneira de fazer um bom acarajé. “Um acarajé bem gostoso tem que ter amor, carinho, cultura e dedicação. E é isso que eu tenho. A minha mãe usou como sustento da família e tudo de bom que a gente aprende com pai e mãe a gente zela com carinho”, revelou.

 

Cervejada da Pretinha


Outra receita passada entre gerações foi levada por Janaína de Oliveira, de 42 anos. Moradora de Novo Hamburgo, ela produz a cerveja sem álcool “Pretinha”, e ressaltou a importância do espaço para o empreendedorismo afro-brasileiro. “É uma bela oportunidade e somos bem recebidos aqui em São Leopoldo e tem sido muito bom participar. Essa receita é uma tradição da nossa família, pois o meu avô fazia aos finais de ano para substituir o refrigerante. A família era grande e o refrigerante era caro e para alegrar as crianças ele fazia essa cerveja. Eu quis resgatar uma tradição de família e tem uma boa aceitação. Muitas pessoas me falam que em suas famílias também havia esse hábito. Então além de ter uma fonte de renda, eu resgatei uma lembrança de infância minha e de outras pessoas”, contou.

 

Também estiveram presentes o secretário-geral de Governo, Nelson Spolaor, e a chefe do Departamento de Igualdade Racial da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (Sedhu), Adriângela Cabral.


Fonte: PMSL

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