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Foto do escritorGuilbert Trendt

EUA e Coreia do Sul fazem manobra conjunta após Coreia do Norte lançar míssil com recorde de altitude

Imagem: divulgação/ Exército da Coreia do Sul

Estados Unidos e Coreia do Sul, aliados na Ásia, fizeram manobras militares conjuntas nesta quinta-feira (31) em resposta a um lançamento de um míssil da Coreia do Norte com recorde de altura horas antes.


Os exercícios também acontecem em meio à escalada das tensões entre as duas Coreias por conta do envio de tropas de Pyongyang à Rússia.


Imagens de vídeo divulgadas nesta manhã pelo Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul mostraram caças F-16 e KF-16 da Coreia do Sul e dos EUA voando em formação próximos ao espaço aéreo norte-coreano.


Mais cedo, também nessa quinta, a Coreia do Norte disse que testou um míssil balístico intercontinental que alcançou um recorde de altura e tempo. O governo norte-coreano chama o artefato de a "arma estratégica mais poderosa do mundo".


O lançamento durante a manhã foi o mais longo teste de míssil balístico do Norte, com um tempo de voo de 87 minutos, de acordo com a Coreia do Sul.


Pentágono diz que vai liberar armas


A Ucrânia não terá nenhuma nova restrição ao uso de armas dos Estados Unidos em seu conflito contra a Rússia caso tropas da Coreia do Norte realmente se juntem ao Exército russo, informou o Pentágono na segunda-feira (28).


Desde semana passada, os Estados Unidos, a Coreia do Sul e outros líderes internacionais denunciam que milhares de soldados norte-coreanos teriam sido enviados para a Rússia e estariam em treinamento para reforçar a frente de batalha na região de Kursk, onde as tropas ucranianas fizeram uma incursão.


"Uma parte desses soldados já se aproximou da Ucrânia, e estamos cada vez mais preocupados que a Rússia pretenda usar esses soldados em combate ou para apoiar operações de combate contra forças ucranianas na região russa de Kursk, perto da fronteira com a Ucrânia", disse a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh.


Segundo o Pentágono, a Coreia do Norte enviou cerca de 10 mil tropas à Rússia para serem treinados e lutarem na guerra na Ucrânia "nas próximas semanas".


Pouco depois do pronunciamento do Pentágono, Joe Biden também falou sobre o tema e disse que ter as tropas norte-coreanas ajudando a Rússia é "muito perigoso".


Desde agosto, Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, e outras autoridades do país vêm usando constantes ataques da Rússia para conseguir que aliados autorizem o uso de armas de longo alcance contra o território inimigo.


Mais cedo, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, disse que as unidades militares da Coreia do Norte já estariam na região. A porta-voz se recusou a confirmar a informação.


Esta foi a primeira vez que a Otan confirmou a participação de Pyongyang na guerra da Ucrânia – uma informação que havia sido levantada pelos serviços de inteligência da Ucrânia e da Coreia do Sul –, o que alimentou temores de uma ampliação do conflito.

Rutte disse que o envio representa "uma escalada significativa da guerra ilegal da Rússia".


"Eu posso confirmar que tropas da Coreia do Norte foram enviadas para a Rússia, e que unidades militares norte-coreanas foram deslocadas para a região de Kursk (no Extremo Leste da Rússia)", disse o secretário-geral da Otan.


A informação sobre o envio de tropas da Coreia do Norte foi levantada pela primeira vez no início do mês por Zelensky, com base no serviço de inteligência de seu país. Dias depois, o serviço de espionagem da Coreia do Sul – tecnicamente ainda em guerra com a Coreia do Norte – também confirmou a movimentação, e disse ter identificado que soldados norte-coreanos foram enviados a bases no Extremo Leste da Rússia para treinar.


Fonte: g1


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