O governo dos Estados Unidos acusou hackers chineses de terem acessado vários documentos e estações de trabalho do Tesouro Nacional, nesta segunda-feira (30). Segundo as autoridades, um provedor de serviços de software terceirizado foi corrompido pelos invasores.
O Tesouro não especificou quantas estações de trabalho ou que tipo de documentos foram acessados pelos chineses. O órgão afirmou apenas que os arquivos obtidos pelos hackers não eram secretos ou confidenciais.
Segundo as autoridades, a invasão foi percebida no dia 8 de dezembro. Naquele dia, o provedor de serviços sinalizou que os hackers tinham usado uma chave para burlar o sistema e conseguir acesso remoto a computadores do Tesouro.
Aditi Hardikar, secretária assistente do Tesouro, afirmou que o sistema foi tirado do ar. Ela disse ainda não haver evidências de que os hackers ainda tenham acesso a outras informações do departamento.
Em um comunicado, o órgão governamental disse que reforçou a defesa cibernética para proteger o sistema financeiro dos Estados Unidos de ameaças.
O caso está sendo investigado pelo FBI e pela Agência de Segurança Cibernética dos Estados Unidos. Não está claro se os hackers chineses estavam a serviço de algum governo ou empresa.
Caso em 2023
No ano passado, hackers chineses violaram contas de e-mail de várias agências do governo dos Estados Unidos, segundo a Microsoft. A empresa afirmou que um invasor teve acesso a contas de aproximadamente 25 organizações, incluindo órgãos governamentais.
À época, o jornal "The Washington Post" informou que as contas de e-mail que foram violadas não eram classificadas como sigilosas. Por outro lado, a reportagem afirmou que endereços do Departamento de Estado e da secretária de Comércio, Gina Raimondo, foram atingidos.
A rede CNN disse que os hackers chineses tiveram como alvo um pequeno número de agências federais e as contas de funcionários específicos de cada agência.
A imprensa americana também reportou indícios de espionagem. O secretário de Estado, Antony Blinken, disse ao diplomata chinês Wang Yi que os hackers seriam responsabilizados.
Fonte: g1
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