O Instituto Butantan divulgou a vacina CoronaVac contra a Covid-19 é segura em crianças a partir de seis meses de idade. A proteção também apresenta segurança em adolescentes de até 17 anos.
Os resultados são parte de um estudo clínico da fase 3, a última etapa de testes, realizada pelo laboratório Sinovac na África do Sul, Chile, Malásia, Filipinas e Quênia. A investigação sobre a segurança e eficácia da vacina foi realizada em um grupo com 4 mil crianças e adolescentes.
O instituto informou que crianças de seus a 35 meses começaram a ser recrutadas para as pesquisas na África do Sul em outubro de 2021 e, em dezembro, 200 delas iniciaram a última fase do estudo. Não houve relatos de qualquer efeito adverso grave entre as crianças.
Em 22 de dezembro, o grupo foi ampliado para 4 mil crianças e, novamente, não foram registrados relator de eventos adversos graves com a CoronaVac.
As etapas 1 e 2, publicadas anteriormente, já demonstravam a segurança da CoronaVac na faixa etária, além de “uma forte resposta imune”, segundo o Butantan.
“Vacinas inativadas como a CoronaVac têm demonstrado alto nível de conversão positiva de anticorpos, com o nível igual ou superior ao de adultos, segundo o estudo”, diz o instituto.
Em julho do ano passado, os resultados do primeiro estudo mundial de persistência da imunidade foram divulgados pela farmacêutica Sinovac. A conclusão foi de que há segurança e alta efetividade 28 dias após a segunda dose, mantendo-se durante os três meses seguintes.
A CoronaVac já foi autorizada para uso em crianças na China, Chile, Equador, Colômbia, Camboja e Indonésia. Somente na China, mais de 140 milhões de crianças de três a 11 anos foram vacinadas.
Atualmente, a única vacina autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para crianças é a da Pfizer. O grupo etário, no entanto, ainda não foi incluído no Programa Nacional de Imunização. O cronograma da vacinação infantil deve ser divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (5).
Em dezembro, o Instituto Butantan chegou a pedir autorização para ter a Coronavac utilizada em crianças de 3 a 17, mas a Anvisa cobrou mais dados afirmando que os fornecidos não eram suficientes.
Fonte: O Tempo
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