O terceiro e último dia do Congresso do Bicentenário de São Leopoldo, ocorrido nesta quarta-feira (27), foi marcado pelo tema da educação em suas apresentações. A Faculdade EST recebeu em sua mesa-redonda professores, mestres e doutores da área de história, educação e cultura alemã que debateram sobre a temática relacionada aos 200 anos da imigração alemã.
A história da imigração e seu papel nas Práxis da Educação nas comunidades no Sul do Brasil Independente
O professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Dr. Jorge Luiz da Cunha, trouxe uma análise do período colonial até à independência do país e como se deu o trabalho dos imigrantes neste período. “A memória da nossa história é a única garantia de uma educação com diálogo”, afirmou. Cunha ainda frisou que um dos fatores que motivou a Alemanha a apoiar a imigração foi para extinguir a pobreza, doenças e deficiências do seu meio.
"Quando os imigrantes chegam aqui no sul do país eles têm a oportunidade de restituir o sentido de sua existência e de trabalhar com a mão de obra familiar. Temos que entender que nossa história não deve ser uma doutrina, mas sim algo que nos faz refletir para o presente”, completou Cunha.
Os primórdios da educação em São Leopoldo: escolas e produção de material didático
“São Leopoldo tem uma história linda e importante na questão de ofertar educação de qualidade e com base história para sua população”, destacou a professora de História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Drª Isabel Arendt.
Em sua explanação ela contou sobre a trajetória educacional de São Leopoldo com as primeiras escolas comunitárias e dos colégios católicos e evangélicos-luteranos. Um dos mais antigos, do século XIX, é o Colégio Nossa Senhora do Coração, que posteriormente se tornou a Unisinos, principal faculdade da região.
"Pensar em 200 anos de imigração também é pensar em 200 anos da trajetória da educação no município e como ela tem se transformado”, destacou Isabel.
A educação patrimonial na ressignificação do valor simbólico: a ciência da mente e a memória
A professora de Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Drª. Cristina Schneider, abordou a pauta da educação patrimonial, que possibilita o sentimento de pertencimento que a comunidade tem em relação aos seus bens físicos e imateriais da história. Para exemplificar, ela trouxe um estudo realizado em parceria de universitários e professores para projetar a restauração da Casa do Imigrante.
“Quando em 2019 parte da casa desabou, nós entendemos a importância de criar este grupo para projetar esta restauração, pois quando falamos de patrimônio, falamos de um processo que mexe com emoções e sentimentos de apropriação”, frisou Cristina.
Fonte: PMSL
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