top of page
Buscar
Foto do escritorGuilbert Trendt

Dólar tem maior queda desde o final de agosto com expectativa de novo aumento na Taxa Selic


Notas de dólar. | Imagem: Dado Rudovic/ Reuters.

O dólar fechou em forte queda de 1,74%, cotado a R$ 5,4041, nesta quinta-feira (11), em meio a expectativas crescentes de que o Banco Central endurecerá o ritmo da alta dos juros para tentar conter a inflação. Investidores também ficaram de olho no noticiário em torno da PEC dos Precatórios.


Essa foi a queda mais forte desde 24 de agosto deste ano (-2,25%) e seu menor patamar para encerramento desde 1° de outubro (R$ 5,3696).

Com o resultado, a moeda norte-americana passou a acumular queda de 4,31% no mês. No ano, porém, ainda tem alta de 4,18%.


Cenário


No mercado financeiro, crescem as apostas de que o Banco Central pode intensificar seu atual ritmo de elevação de juro para conter a escalada da inflação, que atingiu 10,67% no acumulado em 12 meses até outubro.


Atualmente, os juros básicos estão em 7,75% ao ano, após o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC promover alta de 150 pontos-base na sua última reunião. Juros mais altos tendem a favorecer o real, uma vez que tornam os retornos do mercado de renda fixa doméstico mais atraentes para investidores estrangeiros, consequentemente elevando o fluxo de dólares para o país.


Na agenda doméstica, o IBGE divulgou que as vendas do comércio varejista caíram 1,3% em setembro, na comparação com agosto, na segunda retração mensal consecutiva, fechando o 3º trimestre no vermelho.


Em Brasília, as atenções seguiram voltadas para a tramitação da PEC dos Precatórios no Senado. A proposta é encarada como prioritária pelo governo para bancar o Auxílio Brasil no valor mínimo de R$ 400 por família.


A proposta adia o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça) e altera o cálculo do teto de gastos (regra pela qual, de um ano para outro, as despesas do governo não podem crescer mais que a variação da inflação). As duas mudanças abrem um espaço orçamentário de cerca de R$ 90 bilhões para o governo gastar em 2022, ano eleitoral — o que é visto como especialistas como uma forma de “contornar” o teto de gastos -- considerado uma importante âncora fiscal.


Em relatório desta quinta-feira, o Bradesco disse que "a aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara removeu parte das incertezas do cenário fiscal, mesmo com o prosseguimento da proposta no Senado, o que ajuda a explicar também a dinâmica dos mercados locais, especialmente curva de juros e taxa de câmbio."


No exterior, dados divulgados na quarta-feira mostraram que os preços ao consumidor nos Estados Unidos saltaram no ritmo mais forte desde 1990, o que pode levar o Federal Reserve (Fed) a um aperto mais rápido da política monetária. Juros mais altos na maior economia do mundo tenderiam a atrair recursos para o país, impulsionando o dólar.


Fonte: g1

0 comentário

Comments


Banner-superior---980px-largura-X-135px-altura.png
Caixinha de perguntas Start.png
bottom of page