Documentos e relatos confirmam assédio moral na Prevent Senior para receitar 'kit Covid'
- Andressa Deuner
- 12 de jul. de 2022
- 2 min de leitura

As investigações na área trabalhista envolvendo as denúncias contra a operadora de saúde Prevent Senior durante a pandemia de Covid-19 entraram na reta final, e o Ministério Público do Trabalho (MPT) deve propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) à empresa no próximo mês. Se assinado, a operadora deverá se comprometer a ajustar alguma conduta considerada ilegal e passar a cumprir a lei. Se desrespeitar as cláusulas, a operadora pode ser punida na Justiça.
Desde o ano passado, os procuradores ouviram médicos e outras testemunhas, além de enfermeiros, técnicos de enfermagem e funcionários da área administrativa das unidades da Prevent.
Na área trabalhista, a operadora é alvo de inquéritos por suspeita de assédio moral organizacional e exposição de profissionais ao coronavírus, conduzidos pela força-tarefa que deve propor o TAC. A força-tarefa do MPT aguarda documentos da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo para finalizar a apuração sobre irregularidades no meio ambiente de trabalho que tenham exposto os profissionais ao vírus.
O grupo de procuradores do trabalho investiga ainda denúncias do descumprimento, por parte da Prevent, de medidas que garantissem a saúde e a segurança dos empregados durante a pandemia. Os procedimentos foram instaurados após os relatos de pacientes, familiares e médicos dados à imprensa e à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que configuram suspeita de irregularidades em questões trabalhistas.
A Prevent Senior informou, em nota, que apoia as investigações realizadas pelo Ministério Público do Trabalho e "tem prestado todos os esclarecimentos solicitados". "Entretanto, não teve acesso às eventuais conclusões das investigações. Por isso, não pode comentá-las. A Prevent Senior sempre respeitou a autonomia médica e jamais obrigou seus profissionais a receitar quaisquer tratamentos", afirma o texto.
Fonte: g1
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