A concessionária RIOGaleão anunciou nesta quinta-feira que apresentou ao governo pedido de devolução do aeroporto internacional Tom Jobim, citando impactos da crise da economia e da Covid-19 sobre o setor de aviação.
O Galeão foi concedido para a iniciativa privada em 2013, com um lance de 19 bilhões de reais de um consórcio que incluiu a Odebrecht, hoje Novonor. O valor foi quase quatro vezes maior que o definido no edital. O prazo do contrato iria até 2039.
Atualmente, a RIOgaleão é controlada pela Changi Airports, de Cingapura, que tem 51%, enquanto a Infraero tem 49% restantes. A concessionária afirmou que vai continuar operando o terminal até que um novo operador seja definido em leilão pelo governo federal.
O ministro da Infraestrutura convocou uma entrevista a jornalistas nesta noite sobre o assunto.
A decisão da RIOgaleão em devolver a concessão ocorreu em meio a temores de concorrência predatória por parte do aeroporto Santos Dumont, incluído pelo governo federal na sétima e última rodada de leilões de aeroportos, prevista para este semestre.
Os receios, manifestados também pelo governo do Rio de Janeiro, fizeram o Ministério da Infraestrutura alterar a modelagem do leilão para deixar Santos Dumont em um bloco isolado. As mudanças agora precisam do crivo do Tribunal de Contas da União (TCU).
Fonte: Terra
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