Era preciso vencer, mais até do que jogar bem. Foi exatamente isso o que se viu entre a noite de quinta (25) e a madrugada desta sexta-feira (26) em Manta, no Equador. Contra o Delfín, o Inter ganhou por 2 a 1 e se igualou ao Belgrano na liderança do grupo na Copa Sul-Americana, ambos com cinco pontos, com os colorados atrás no saldo de gols. A partida teve o primeiro gol de Borré. Wesley marcou o outro.
Coudet decidiu mandar a campo todos os titulares habituais que estavam à disposição. Não houve preservações nem improvisações. A defesa teve Bustos, Vitão, Mercado e Renê, com Thiago Maia à frente deles. Na outra linha, Mauricio na direita, Bruno Henrique centralizado e o estreante entre os titulares Gustavo Prado na esquerda. Na frente, Wesley e Borré.
O começo da partida foi de controle do Inter, que dominava as ações, mas não tinha a contundência na finalização. Wesley e Mauricio trocavam de lugar entre o centro e a direita, mas a verticalidade vinha quando Gustavo Prado pegava a bola.
A primeira conclusão de (relativo) perigo foi do Delfín. Aos 14 minutos, após o árbitro assinalar uma falta de Mercado na entrada da área, Gaggi bateu, a bola desviou na barreira e saiu ao lado da trave.
Aos 25, o Delfín teve uma boa chance. Com o Inter tendo mais posse de bola mas sem atacar, o time da casa foi crescendo. Angulo foi lançado às costas da defesa, entrou na área, ganhou a dividida de Vitão, driblou Bustos e chutou. Rochet saiu bem do gol e abafou. O lance foi anulado por impedimento, mas era bastante ajustado.
A primeira chegada do Inter, aos 34 minutos, foi gol. Renê deu um passe na medida, no buraco aberto pelo deslocamento de Borré, encontrando Wesley às costas da defesa. Na frente do goleiro, ele deu um toque de pé esquerdo que venceu Heras e entrou: 1 a 0.
O segundo só não saiu aos 37 graças ao goleiro. Wesley conduziu a bola pelo meio e achou Borré entrando pela direita. O colombiano fez o que precisava: encheu o pé, mas a bola estourou no peito de Heras. Dali até o intervalo, o Inter seguiu administrando sem correr mais riscos. Mas também sem buscar com força aumentar o placar.
Coudet mexeu no time no intervalo. Mercado, que tinha levado cartão, deu lugar a Robert Renan. E o começo da segunda etapa foi excelente para o Inter. Antes do quinto minuto, Vitão conduziu a bola pela direita e passou para Bustos. O cruzamento do lateral foi na cabeça de Wesley, e dali bateu na mão do zagueiro Nazareno. Pênalti. Borré pegou a bola, colocou embaixo do braço e, aos seis minutos, cobrou forte, alto, cruzado, sem chances para Heras. Enfim desencantou o colombiano, que comemorou muito o 2 a 0.
O problema é que a vantagem ampliada não durou dois minutos. Aos oito, Castro aproveitou uma bola mal afastada na defesa e chutou de fora da área, no cantinho, longe do alcance de Rochet. Aos 10, o Inter quase fez o terceiro. Bruno Henrique entregou para Borré, que fez um pivô para Mauricio. O meia bateu, a bola foi defendida pelo goleiro, pegou na trave e saiu.
No minuto seguinte, um susto. Escanteio cobrado no primeiro pau, todos os jogadores do Delfín quase em cima da linha, Elordi desviou de cabeça após Rochet sair mal, e a bola saiu por pouco.bCom o time da casa subindo as linhas e o Inter aparentando cansaço, Coudet mexeu para tentar correr menos riscos. Ele tirou Wesley e Bruno Henrique para colocar Mallo e Rômulo. Com isso, Bustos foi para a meia direita.
A partida se arrastava para o final. Mas o placar perigoso ainda deixava o jogo aberto. Coudet fez uma última troca para fechar ainda mais a equipe. Saiu Mauricio, entrou Igor Gomes.
O Delfín até se atirou ao ataque, tentou forçar. Mas não teve qualidade nem força para superar a barreira colorada. O Inter é que esteve perto de marcar, em um chutaço de Lucca no travessão. O Colorado volta para Porto Alegre em boa situação.
Fonte: GZH
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