Nos oito primeiros meses de 2021, o Rio Grande do Sul registrou a geração de 118,8 mil empregos formais – alta de 4,7% sobre o total. Nesse período, a Indústria foi a líder na criação de vagas, responsável por 38,8% dos novos postos, com destaque para os segmentos de máquinas e equipamentos e o coureiro-calçadista. O ranking é seguido do setor de Serviços (37,6% do total), Comércio (16,8%), Construção (4,7%) e Agropecuária (2,1%). Os dados estão no Boletim de Trabalho, publicado nesta quarta-feira pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).
No período de 12 meses, entre setembro de 2020 e agosto de 2021, o Rio Grande do Sul registrou a geração de 188,1 mil empregos formais, alta de 7,65%, enquanto na comparação de agosto com julho o saldo foi positivo em 11,8 mil vínculos formais. De acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), o Rio Grande do Sul tinha em agosto um estoque de 2,65 milhões de empregos formais.
Litoral Norte e Serra em destaque
Considerando as vagas geradas em 12 meses (set/2020 a ago/2021) e a divisão do Estado em nove Regiões Funcionais (RF) para fins de planejamento, a RF4, que abrange o Litoral Norte, e a RF3, que engloba as regiões da Serra, Hortênsias e Campos de Cima da Serra, lideraram o aumento no estoque de vínculos formais de trabalho. Na primeira, a alta foi de 13,1% no período, enquanto a segunda o crescimento chegou a 9,5% no mesmo intervalo.
No lado oposto do ranking das regiões, a RF6, da Campanha e da Fronteira Oeste, e a RF2, dos vales do Taquari e do Rio Pardo, registraram as menores variações, com altas de 4,7% e 5,2%, respectivamente.
Das vagas geradas em 12 meses, houve um equilíbrio na distribuição entre homens e mulheres (50,6% e 49,4%, respectivamente), com destaque para as pessoas com Ensino Médio completo (60,2% do total) e com idades entre 18 e 24 anos (52,0% do total).
Recorte nacional
Apesar das altas, os números registrados no Rio Grande do Sul deixaram o Estado abaixo da média do Brasil nos períodos analisados. Na comparação de agosto com o mês anterior, o país obteve aumento de 0,9% no número de vínculos formais. No acumulado do ano a alta brasileira ficou em 5,6% e na soma de 12 meses (set/2020 a ago/2021) a expansão chegou a 8,35%. No ranking nacional, o RS ficou na 26ª posição na comparação agosto/julho e no 22º posto nos outros dois intervalos.
Informalidade
A taxa de informalidade no Estado – que indica a soma dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado, trabalhadores domésticos sem carteira assinada, empregadores sem CNPJ, trabalhadores por conta própria sem CNPJ e os trabalhadores familiares em relação ao total de ocupados – chegou a 31,7% no segundo trimestre, percentual abaixo do registrado no Brasil (40,6%) e no Paraná (33,7%) e acima dos de Santa Catarina (26,9%) e São Paulo (31,1%).
A taxa de desemprego (desocupação) no Rio Grande do Sul permaneceu estável no segundo trimestre de 2021 (8,8%), tanto na comparação com o trimestre anterior como em relação ao mesmo período de 2020. No segundo trimestre de 2021, o RS tinha a segunda menor taxa de desemprego entre as 27 unidades da federação. Em relação aos outros Estados da região Sul, o Estado apresenta taxa similar à do Paraná (9,1%), acima da de Santa Catarina (5,8%) e inferior em comparação a São Paulo (14,4%) e ao Brasil (14,1%).
Fonte: Rádio Guaíba
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