O Bicentenário da Imigração Alemã no Rio Grande do Sul foi tema de uma palestra que destacou o aspecto gastronômico desse legado histórico e cultural. O evento, promovido pela Comissão Histórica do Bicentenário da Imigração Alemã - 200 Anos de São Leopoldo, com apoio da Secretaria de Cultura e Relações Internacionais (Secult), ocorreu nesta quarta-feira, (9), na Unisinos, e contou com participantes presenciais e on-line.
As palestrantes, a historiadora Vânia Inês Ávila Priamo e a pedagoga Joyce Aline dos Reis, ressaltaram a importância da gastronomia alemã como um patrimônio cultural do Estado. O historiador Márcio Linck, coordenador do Patrimônio Cultural da Secult, acompanhou a atividade.
Vânia Priamo destacou a influência da imigração alemã na culinária do Rio Grande do Sul, enfatizando o papel da comida na construção da identidade cultural. Ela mencionou eventos tradicionais em cidades com forte presença de imigrantes alemães, como a Festa do Mel, Rosca e Nata em Ivoti, a Festa da Cuca em Rolante e a Oktoberfest em Igrejinha. “A comida é construtora de memórias pessoais e coletivas, uma prática que marca profundamente nossas vivências, trazendo memórias afetivas que nos fazem rir e chorar”, afirmou a historiadora, ao destacar a relevância da gastronomia como patrimônio imaterial.
Joyce Reis abordou especificamente a cuca, um dos símbolos da culinária alemã no Estado. Durante sua fala, ela apresentou o projeto “Cuca, uma delícia de patrimônio”, desenvolvido pela Associação dos Amigos do Museu Histórico de Rolante, que busca preservar e reconhecer o modo de fazer cuca como patrimônio cultural imaterial da região. O projeto, financiado pelo Pró-Cultura RS FAC, do Governo do Estado, envolveu pesquisa em fontes científicas, entrevistas com detentores das técnicas tradicionais de preparo e a realização de oficinas para transmitir esse conhecimento à comunidade.
Além da preservação da cuca, Joyce ressaltou que o município de Rolante realiza uma festa anual dedicada a essa iguaria, reforçando a importância da gastronomia na manutenção das tradições locais.
A palestra fez parte das comemorações do Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil e dos 200 anos de São Leopoldo. Segundo Linck, esse evento encerrou o ciclo de palestras promovidas pela Comissão Histórica em 2024. Ao longo do ano, foram debatidos temas como o Caminho das Águas, a Ponte 25 de Julho, festas e comemorações, e a gastronomia, com foco no patrimônio imaterial. “A Comissão Histórica teve êxito na programação, com a participação da comunidade e a apresentação de informações relevantes por historiadores e pesquisadores. Isso valoriza a preservação do patrimônio histórico e cultural do nosso município e região”, destacou o historiador.
A palestra fez parte das atividades programadas pela Comissão Histórica em comemoração ao Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil e os 200 anos de São Leopoldo. De acordo com Linck, o evento fechou o cronograma de palestras em 2024 promovidas pela Comissão. Foram quatro temas abordados: Caminho das Águas, a Ponte 25 de Julho, festas e comemorações e esta última, com foco no patrimônio imaterial. “A Comissão Histórica teve êxito na programação com a participação da comunidade e a exposição de informações relevantes por historiadores e pesquisadores com conhecimento na área, valorizando a preservação do patrimônio histórico e cultural do nosso município e região”, afirmou o coordenador do Patrimônio Cultural da Secult.
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